O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou que se surpreendeu com o resultado da Previdência em julho. “O resultado me surpreendeu em face ao momento econômico que o Brasil está vivendo, de dúvidas e incertezas sobre crescimento e no âmbito de crise internacional”, disse nesta quinta-feira durante entrevista coletiva.
No acumulado do ano até julho, as contas da Previdência apresentam um rombo de R$ 21,864 bilhões No mesmo período de 2010, o déficit estava negativo em R$ 27,126 bilhões. O valor acumulado no ano até agora é 19,4% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado. De janeiro a julho de 2011, a Previdência arrecadou R$ 131,188 bilhões, mas teve despesas com benefícios de R$ 153,052 bilhões. Os valores acumulados também são corrigidos pelo INPC. “Em linguagem pop, julho 'bombou'”, brincou Garibaldi.
Ele enfatizou que o déficit acumulado do ano, de R$ 21,864 bilhões, também foi o melhor para os primeiros sete meses do ano desde 2004, quando ficou negativo em R$ 21,878 bilhões.
Renúncias
As renúncias previdenciárias com o Simples Nacional já somam R$ 6,633 bilhões no ano até o mês passado, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Previdência Social. O valor é 18,6% maior do que o do mesmo período de 2010 (R$ 5,590 bilhões) e tende a aumentar por conta da ampliação do programa, no início deste mês, com a elevação do teto do faturamento das empresas para aderirem a Simples. Apenas no mês de julho, a renúncia previdenciária com o programa foi de R$ 937,6 milhões, valor 18 2% maior do que o verificado em idêntico mês de 2010, de R$ 792 9 milhões. Os dados antigos são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Além do Simples, a Previdência também apresentou, em julho, renúncias para entidades filantrópicas (R$ 599 milhões), tecnologia da informação (R$ 6,4 milhões) e exportação da produção rural (R$ 220 milhões). No saldo acumulado do ano, essas renúncias somam R$ 4,237 bilhões, R$ 45,2 milhões e R$ 1 557 bilhão, respectivamente.