Em meio à expansão dos acessos rápidos à internet no país, o Brasil aparece em quinto lugar em um ranking global de pirataria de softwares online (feita por meio da rede mundial) referente ao primeiro semestre do ano. O levantamento é da Business Software Alliance (BSA), entidade que congrega grandes empresas internacionais do setor, como Apple, Microsoft, McAfee, Adobe e Symantec.
Com quase 97 mil downloads não licenciados de programas no período de janeiro a junho, o Brasil perde apenas para Estados Unidos, Itália, França e Espanha na lista, que leva em conta redes de compartilhamento de arquivos, redes sociais, sites de leilão e outros canais.
O estudo, que começou a ser realizado no segundo trimestre de 2010, mostra, porém, uma diminuição da pirataria no Brasil em relação à segunda metade do ano passado, quando foram apuradas 139 mil infrações. Apesar de ter havido uma queda nominal nos níveis de pirataria online apurados, o levantamento afirma que ocorrem muito mais infrações do que as registradas, já que muitos infratores hospedam sites de compartilhamento e de leilões fora do país.
“Os países acima do Brasil no ranking têm mais sites de leilões e compartilhamento. E existe muito mais comércio online nesses países do que aqui”, afirmou à Reuters o presidente da BSA no Brasil, Frank Caramuru.
Melhora contínua
Um estudo divulgado em maio pela Business Software Alliance (BSA) concluiu que os prejuízos causados aos fabricantes de programas de computador pela pirataria no Brasil chegaram a US$ 2,62 bilhões no ano passado. O valor cresceu em relação aos US$ 2,25 bilhões apurados em 2009, mas o país, segundo a entidade, registrou melhora contínua nos indicadores nos últimos cinco anos. De acordo com a BSA, o Brasil, ao lado da Colômbia, apresenta o menor nível de pirataria, em termos proporcionais, entre todos os países latino-americanos.