A economia mundial enfrenta riscos "crescentes" e as "alternativas de medidas" de apoio são "mais reduzidas que antes", disse neste sábado a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
No entanto, ainda restam soluções, e atuar de forma correta "ajudará a dissipar as dúvidas", completou, ao discursar em Jackson Hole, no leste dos Estados Unidos, durante um seminário internacional de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
"A economia mundial continua crescendo, mas não o suficiente. Algumas das razões da crise de 2008 foram resolvidas, mas não de forma adequada", afirmou Lagarde.
Estes riscos "foram agravados pela deterioração da confiança e pelo sentimento crescente de que os políticos não têm convicção, ou simplesmente vontade, de tomar as decisões necessárias", completou.
A redução do déficit "continua sendo uma prioridade", mas as políticas macroeconômicas "devem sustentar o crescimento", segundo a diretora do FMI. "As políticas monetárias devem se manter complacentes, pois o risco de uma recessão é maior que o da inflação", declarou.
Na Europa, os países devem solucionar seus problemas de dívida e os bancos "precisam de uma recapitalização urgente", disse. Nos Estados Unidos, os políticos devem "encontrar o equilíbrio" entre a redução da dívida e a reativação econômica, assim como solucionar os problemas relacionados à moradia, concluiu.