O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira que espera "um balizamento adequado" da taxa básica de juros (Selic) na reunião desta semana do Conselho de Política Monetária (Copom). "Não vamos fazer prognóstico, mas estamos criando as condições para que, senão agora, reduzir as taxas de juros, que é condição para o desenvolvimento econômico sustentável", disse ele, em audiência no Senado. "Estamos ansiosos pela hora em que as taxas de juros vão cair no Brasil", reforçou.
Ele disse também que é preciso aumentar a taxa de investimento no país. "A nossa taxa de investimento é muito baixa, de 19%
Brasil Maior
Pimentel também informou, durante a audiência, que não será alterada a alíquota de 1,5% sobre o faturamento, que será cobrada com base na nova contribuição a ser criada para permitir a desoneração da folha de pagamento das empresas dos setores de confecção e calçados. Segundo ele, apesar das notícias na imprensa de que há uma reação dos setores em relação ao porcentual, estes dois setores "já estão acordados com o governo".
Por outro lado, Pimentel disse que ainda há uma negociação com o setor moveleiro, inclusive com uma nova reunião hoje. "Provavelmente teremos que separar em dois segmentos, porque há móveis de madeira e de aço", explicou. No anúncio do Plano Brasil Maior, o governo havia divulgado uma alíquota de 1,5% sobre o faturamento também para o setor de móveis em contrapartida à desoneração da folha de pagamento.
Para o setor de tecnologia, o quarto que terá a desoneração da folha, a alíquota também será mantida em 2,5%, conforme anunciado pelo governo. O ministro disse que as reclamações são normais. "Estes setores estão exercendo o sacrossanto direito de querer mais", brincou. O setor têxtil ficou fora das medidas, segundo o ministro, por opção. Pimentel disse que o decreto que vai regulamentar a medida será publicado no início de setembro.