Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) acreditam que o banco pode "contribuir enormemente" para sustentar a reativação econômica do país, conforme anunciou a ata da reunião do dia 8 de agosto, publicada nesta terça-feira.
O informe da última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc, na sigla em inglês) traz uma nova perspectiva sobre as declarações do presidente do banco central, Ben Bernanke, que pediu na sexta-feira aos congressistas americanos para que tomem medidas mais enérgicas de reativação orçamentária para completar a ação da instituição.
"Todos pensam que a política monetária não pode controlar eternamente as tensões que pesam sobre a economia, mas a maioria de seus membros crê que ela pode contribuir enormemente na obtenção de melhores resultados a respeito da dupla missão do Comitê, que consiste em assegurar o pleno emprego e a estabilidade dos preços", diz a ata.
Segundo o documento, a reunião do dia 9 de agosto permitiu avaliar eventuais medidas adicionais de apoio à recuperação econômica.
"Os participantes ressaltaram que seria útil dedicar mais tempo para considerar os eventuais custos e benefícios de vários instrumentos possíveis de intervenção e decidiram que a reunião de setembro seria estendida a dois dias com esse fim", agregam as atas.
Ante a considerável desaceleração do crescimento no primeiro semestre, o Fed utilizou uma de suas ferramentas - anunciada ao término dessa reunião - que consiste em manter sua taxa básica quase nula até meados de 2013.
Três membros do Fomc haviam votado contra essa decisão, o que não se verificava desde 1992.
Como acontece com frequência, o Fed está dividido sobre o caminho a ser tomado, mas as atas indicam que seus dirigentes consideram várias opções para sustentar a economia, como recompras adicionais de títulos financeiros nos mercados secundários ou redução da taxa de juros aplicada às reservas depositadas pelos bancos na instituição.