A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical promoveram protestos nesta terça-feira pedindo a redução da taxa de juros em frente a sede do Banco Central (BC) em São Paulo e em Brasília. O ato reuniu 50 pessoas em São Paulo, segundo a Polícia Militar e 30 em Brasília.
Durante a manifestação em São Paulo, o presidente da CUT nacional, Artur Henrique, fez críticas ao BC. %u201CAcho que o Banco Central deve ter, dentro de sua estrutura de decisão a respeito da política macroeconômica, outros atores sociais: precisa ter setor produtivo, empresário e trabalhador. Não podemos ficar só olhando para o mercado financeiro%u201D.
Um novo protesto da CUT, de acordo com Artur Henrique, deve ocorrer amanhã cedo, em frente à sede do Banco Central, em Brasília.
Em Brasília, sardinhas assadas simbolizaram o protesto. "A sardinha representa a comida do trabalhor pobre, mas queremos mostrar que não queremos só isso, queremos também a boa comida que os poderosos comem", disse o presidente da Força Sindical em Brasília, Epaminondas Lino de Jesus.
As manifestações ocorrerram durante o segundo dia de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que decidirá amanhã de quanto será a taxa básica de juros (Selic). Para o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), o esperado é que amanhã o comitê anuncie pelo menos a queda de 1%. "Vamos torcer para que o comitê faça com que os investidores passem a investir na produção e não na especulação. Com isso, baixam-se os juros e se aumenta o número de emprego no país".