Depois de muitas idas e vindas, atrasos e intervenções judiciais, a obra de reforma e ampliação do terminal 1 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, vai finalmente sair do papel. A Marquise/Normatel, empresa vencedora da licitação, deve começar a operar no terminal nesta quinzena. O início das obras depende apenas de sinal verde da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que analisa as certidões negativas e garantias do consórcio.
Com a reforma, orçada em R$ 236,65 milhões, a capacidade do terminal 1 vai passar de 5 milhões para 6,4 milhões de passageiros ao ano. A obra, além de estar atrasada, ainda não atende à atual demanda do aeroporto. No ano passado passaram por Confins 7,2 milhões de passageiros. Mesmo assim, a Infraero garante que o aeroporto não vai passar vexame na
A previsão da Infraero é de investir R$ 505,65 milhões no aeroporto até 2013. Além da reforma do terminal 1, estão previstos o Módulo Operacional Provisório (o “puxadinho”), a reforma da pista e pátio e a construção do terminal 2, que vai ser feita em parceria com o governo do estado (veja abaixo).
A liberação para as obras na pista de pouso e decolagem ainda aguarda prospecção arqueológica do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido do licenciamento foi protocolado pela Infraero em 26 de junho. O Iphan tem 90 dias para fazer sua análise. Ou seja, a liberação da prospecção poderá ocorrer até o dia 26.
Na avaliação do de Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral, a entrada de uma empresa da iniciativa privada no aeroporto de Confins traria mais agilidade nas obras e na aplicação dos recursos. “É inaceitável que um aeroporto que se diz internacional tenha apenas uma pista de pouso e decolagem”, afirma Tadeu, que tem pós-doutorado em transportes aeroportuários no Canadá. Em todos os empreendimentos de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, diz, as obras são privadas ou em parceria com o público e privado.