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Estado de Minas

Alta do PIB industrial é a menor desde 2009, diz IBGE

"Hoje, o patamar de produção de quase todas as atividades econômicas já superou o período pré-crise. A indústria da transformação é a única que está operando ainda em patamar um pouco abaixo"


postado em 02/09/2011 11:36 / atualizado em 02/09/2011 11:42

A gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, admitiu que o câmbio contribuiu para o desempenho mais fraco da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano. A alta de 1,7% na variação do PIB industrial contra o segundo trimestre do ano passado foi a mais fraca desde o ano da crise, no terceiro trimestre de 2009 (-7,7%). "Hoje, o patamar de produção de quase todas as atividades econômicas já superou o período pré-crise. A indústria da transformação é a única que está operando ainda em patamar um pouco abaixo", acrescentou.

No entanto, fez uma ressalva. Ao mesmo tempo que o dólar mais barato estimula a entrada de importados no mercado doméstico, que concorrem com os produtos brasileiros, o câmbio também facilita a importação de máquinas e equipamentos (bens de capital), necessárias para a indústria, e também compras externas de insumos industriais que não são fabricados no Brasil. "Se por um lado, o câmbio atrapalha, ele também facilita em outros pontos", resumiu a especialista.


FBCF


A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) desacelerou para 5,9% no segundo trimestre de 2011, ante o mesmo período do ano anterior. Além de ter ficado muito abaixo da taxa registrada no segundo trimestre de 2010 ante o mesmo período de 2009, de 28,1%, o crescimento registrado agora foi basicamente impulsionado pelas importações de máquinas e equipamentos, informou hoje o IBGE.

"A Formação Bruta de Capital Fixo foi puxada para cima muito pela importação de máquinas e equipamentos, o que influenciou positivamente a taxa de investimentos. O crescimento foi bem acima tanto da produção nacional de máquinas e equipamentos quanto da própria construção civil, sendo que 100% da construção é considerado investimento", explicou a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do instituto.

A taxa de 5,9% da FBCF foi a menor desde o quarto trimestre de 2009, quando atingiu 5,7%. Um dos motivos para a desaceleração dos investimentos seria o aumento da taxa básica de juros, a Selic. "A gente teve dois aumentos de juros nesse (segundo) trimestre, em abril e junho. O Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a Selic em 0,25 ponto porcentual duas vezes. Então a gente tem taxa Selic mais alta do que a gente tinha em 2010", lembrou Rebeca.


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