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Estado de Minas

Bovespa registra forte baixa de 2,58% seguindo as bolsas europeias que fecharam em queda

As bolsas europeias encerraram suas sessões em queda, arrastadas pelo afundamento dos valores bancários, em um contexto de temores de recessão nos Estados Unidos e de crise da dívida na Europa


postado em 05/09/2011 14:13 / atualizado em 05/09/2011 14:31

Em forte baixa desde a abertura, o Ibovespa apresenta baixa de 2,58% no início da tarde desta segunda-feira, e atinge 55.072 pontos com volume financeiro de R$ 1,460 bilhão. Em termos de volume, verifica-se liquidez reduzida neste início de semana na bolsa brasileira, em função do feriado do dia do trabalho nos EUA.

Com isso, investidores têm como principal referência o pessimismo que derruba as bolsas europeias, as quais apresentam perdas superiores a 4% em meio a novos temores envolvendo o destino econômico da região. Por aqui ainda reverbera a divulgação do primeiro relatório Focus do Banco Central após a surpresa com o corte da taxa Selic na última quarta-feira. O boletim prevê o aumento da inflação e a queda do PIB brasileiro.

As Bolsas europeias encerraram suas sessões desta segunda-feira em queda livre, arrastadas pelo afundamento dos valores bancários, em um contexto de temores de recessão nos Estados Unidos e de crise da dívida na Europa. Em Frankfurt, o Dax desabou 5,28%, em seu nível mais baixo em dois anos, enquanto que Paris caiu 4,73%, abaixo dos 3.000 pontos, a 2.999,54 pontos; e Londres, 3,58%.

A queda superou os 4% na Bolsa de Milão (- 4,83%), na de Madri (-4,69%) e na Bolsa suíça (-4,04%). Os mercados americanos estavam fechados nesta segunda-feira por causa do feriado nos Estados Unidos, o que alimentou o nervosismo dos operadores.

No final de semana passado, os maus sinais apresentados pelos dados de emprego nos Estados Unidos fizeram os mercados desabar. Os números revelaram que a economia dos Estados Unidos não havia criado empregos em agosto, alimentando os temores de uma recessão na maior economia mundial.

Os investidores também estão preocupados com novos temores relacionados à realização do segundo plano de resgate internacional da Grécia, destinado a evitar a falência do país, hipótese catastrófica para toda a Zona Euro. O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, reconheceu na sexta-feira que o país não respeitará sua meta de déficit público para 2011 devido ao agravamento da recessão.

A estas preocupações renovadas sobre a crise da dívida na Europa, notícia ruim para os bancos, soma-se a queixa apresentada nos Estados Unidos contra 17 bancos e instituições financeiras no mundo por fraudes antes da crise dos créditos imobiliários de risco ("subprime"). A Agência Federal de Financiamento à Habitação (FHFA, siglas em inglês) indicou em um comunicado na quinta-feira à noite que quer "recuperar as perdas" sofridas para os dois gigantes do financiamento de empréstimos imobiliários, Fannie Mae e Freddie Mac, e também pelos bancos francês Société Générale, suíço Credit Suisse e alemão Deutsche Bank.


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