Em forte baixa desde a abertura, o Ibovespa apresenta baixa de 2,58% no início da tarde desta segunda-feira, e atinge 55.072 pontos com volume financeiro de R$ 1,460 bilhão. Em termos de volume, verifica-se liquidez reduzida neste início de semana na bolsa brasileira, em função do feriado do dia do trabalho nos EUA.
Com isso, investidores têm como principal referência o pessimismo que derruba as bolsas europeias, as quais apresentam perdas superiores a 4% em meio a novos temores envolvendo o destino econômico da região. Por aqui ainda reverbera a divulgação do primeiro relatório Focus do Banco Central após a surpresa com o corte da taxa Selic na última quarta-feira. O boletim prevê o aumento da inflação e a queda do PIB brasileiro.
As Bolsas europeias encerraram suas sessões desta segunda-feira em queda livre, arrastadas pelo afundamento dos valores bancários, em um contexto de temores de recessão nos Estados Unidos e de crise da dívida na Europa. Em Frankfurt, o Dax desabou 5,28%, em seu nível mais baixo em dois anos, enquanto que Paris caiu 4,73%, abaixo dos 3.000 pontos, a 2.999,54 pontos; e Londres, 3,58%.
No final de semana passado, os maus sinais apresentados pelos dados de emprego nos Estados Unidos fizeram os mercados desabar. Os números revelaram que a economia dos Estados Unidos não havia criado empregos em agosto, alimentando os temores de uma recessão na maior economia mundial.
Os investidores também estão preocupados com novos temores relacionados à realização do segundo plano de resgate internacional da Grécia, destinado a evitar a falência do país, hipótese catastrófica para toda a Zona Euro. O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, reconheceu na sexta-feira que o país não respeitará sua meta de déficit público para 2011 devido ao agravamento da recessão.
A estas preocupações renovadas sobre a crise da dívida na Europa, notícia ruim para os bancos, soma-se a queixa apresentada nos Estados Unidos contra 17 bancos e instituições financeiras no mundo por fraudes antes da crise dos créditos imobiliários de risco ("subprime"). A Agência Federal de Financiamento à Habitação (FHFA, siglas em inglês) indicou em um comunicado na quinta-feira à noite que quer "recuperar as perdas" sofridas para os dois gigantes do financiamento de empréstimos imobiliários, Fannie Mae e Freddie Mac, e também pelos bancos francês Société Générale, suíço Credit Suisse e alemão Deutsche Bank.