O financiamento para compra de veículos está crescendo em menor volume e com maior inadimplência, segundo dados divulgados pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). O segmento fechou o mês de julho com saldo total financiado de R$ 196,2 bilhões, crescimento de 14,6% na comparação com julho de 2010, abaixo da taxa de expansão do ano passado ante 2009, que foi de 18,1%. Em julho ante o mês anterior, a evolução foi de 0,7%, abaixo de junho ante maio, que ficou em 1%.
A Anef atribui a redução do ritmo de crescimento ao impacto das medidas do governo, do final do ano passado, para conter o crédito destinado ao consumo. Para 2011, a estimativa é de que a carteira de financiamento tenha um desempenho menor, com um aumento de 10%. A alta da taxa Selic para conter a inflação contribuiu para aumentar a inadimplência.
Nesse cenário, alguns bancos resolveram colocar o pé no freio. O Itaú Unibanco, por exemplo, ficou mais conservador e reduziu o ritmo de aprovações nos últimos meses. No ano passado, cerca de 60%
No segmento de financiamento a veículos, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) segue na preferência do consumidor e registrou aumento de 37% em julho ante o mesmo mês de 2010. Por outro o lado, o leasing continua perdendo espaço e o saldo recuou 34,1% no mesmo período.
No mês de julho, o saldo de crédito para aquisição de veículos respondeu por 5% do PIB (Produto Interno Bruto) e 10,6% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional. Do total de crédito a pessoa física, a linha representa 32,4%.
Inadimplência
O número de calotes apresentados neste segundo semestre segue em crescimento, diferente da expectativa da Anef. O saldo de inadimplentes no CDC de veículos para pessoa física, com atrasos acima de 90 dias, que estava em 3,8% em junho, chegou a 4%. Em julho de 2010, o indicador estava em 3,4%.
Com relação ao prazo médio do crédito, nos novos contratos, os planos de financiamento fecharam com a média de 43 meses, sendo que o prazo máximo oferecido permaneceu em 60 meses neste semestre. Já no mesmo período do ano passado praticava-se prazos de até 72 meses.