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Estado de Minas

Reajuste no preço do gás começa a chegar ao bolso do consumidor

Reajuste previsto para entrar em vigor na quinta começou a ser repassado pelas revendas. Alta em BH chega a 2,49%


postado em 06/09/2011 06:00 / atualizado em 06/09/2011 06:15

Dessa vez, foi toma lá dá cá. Bastou as companhias distribuidoras anunciarem reajuste de 7% no preço do gás de cozinha para, no dia seguinte, as revendedoras aumentarem os preços. Mas os consumidores ainda podem sofrer novos impactos no bolso. Pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro mostra que na Grande BH o botijão sofreu reajuste de apenas 2,49% na comparação com o levantamento anterior, feito em fevereiro. Ou seja, é possível que novos aumentos sejam registrados nos próximos dias para suprir a alta do custo do produto. O anúncio das distribuidoras era de que o preço seria reajustado em 7% a partir de quinta-feira da semana passada. No mesmo dia, o Mercado Mineiro fez um levantamento para comparar os preços de 35 revendedoras e o verificado foi que o repasse ao consumidor foi imediato, no entanto as empresas que vendem gás na capital, por enquanto, absorveram parte do reajuste para não perder clientela. Comportamento semelhante foi adotado no interior do estado antes do aumento de quinta-feira. Levantamento feito pelo Estado de Minas no site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) mostra que para não perder compradores as empresas do interior diminuíram a margem do lucro. Enquanto no período comparativo entre agosto de 2010 e o mês passado o valor cobrado pelas distribuidoras subiu 29,76%, no mesmo período o consumidor só sentiu 2,26% de aumento. Na capital, nesse mesmo intervalo, o verificado foi diferente: as distribuidoras reajustaram o gás de cozinha em 0,68%, enquanto as revendas cobraram 2,2% a mais dos clientes. Ou seja, na capital a margem de lucro tinha sido aumentada e essa gordura pode ser queimada, evitando que os reajustes cheguem a 7%. Mas o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), Alexandre Borjaili, não acredita nessa manutenção de preços, com diminuição dos ganhos das revendedoras. "Não tem como absorver os custos", afirma o empresário. Ele critica a posição das distribuidoras, de reajustar os preços, e explica que o aumento para o consumidor é reflexo dessa cadeia de repasse dos valores. Ele diz que as distribuidoras é que promovem os aumentos. As revendas, por sua vez, repassam a alta do custo do produto. "O que nos deixa indignados é que o GLP é um produto essencial e subsidiado pelo governo", afirma Borjaili. A pesquisa do Mercado Mineiro mostra que o botijão de gás de 13 quilos pode custar de R$ 36 a R$ 47 na Grande BH. A diferença de R$ 11, o equivalente a 30,5%, mostra que a pesquisa de preços pode garantir grandes economias. Já o cilindro de 45 quilos, usado principalmente em estabelecimentos comerciais e condomínios verticais, é vendido entre R$ 160 e R$ 205, com diferença de R$ 45, ou 28,1%, entre o mais barato e mais caro. Na avaliação do presidente da Asmirg-BR, as próximas pesquisas devem trazer o reajuste de 7% para o consumidor. Isso porque algumas empresas ainda têm produtos em estoque. Mas avisa: "O 'pulmão' é pequeno. O restante do aumento deve vir na próxima semana". Ele explica que algumas distribuidoras seguraram a mudança de preços para os próximos dias, evitando assim a caracterização de um cartel.


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