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Estado de Minas

Banco Central espera redução no preço da gasolina nos próximos meses

O Copom também manteve a expectativa de que não haverá reajuste no preço do botijão de gás, em 2011


postado em 08/09/2011 10:09 / atualizado em 08/09/2011 14:51

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a projeção de 4% para o reajuste no preço da gasolina em 2011. Segundo a ata da última reunião do comitê, divulgada nesta quinta-feira, a projeção contempla, ao longo do ano, “reversão parcial da elevação de 6,3% ocorrida até julho” no preço da gasolina. O Copom também manteve a expectativa de que não haverá reajuste no preço do botijão de gás, em 2011. As projeções de reajuste das tarifas de telefonia fixa e eletricidade, este ano, mantiveram-se em 0,9% e 4,1%, respectivamente.

A estimativa de reajuste para os preços administrados por contrato e monitorados em 2011 foi elevada para 5%, ante os 4,9% considerados na reunião de julho. Esse conjunto de preços, de acordo com os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), correspondeu a 29% do total do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. Para 2012, a projeção para os preços administrados foi mantida em 4,4%.

Consolidação fiscal

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) considera que está em curso um processo de consolidação fiscal no país. Segundo a ata da última reunião do comitê, o recente aumento do superávit primário, economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública, torna “o balanço de riscos para a inflação mais favorável”. No último dia 31, o comitê

reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual para 12% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro que esperava no manutenção da taxa.


Segundo a ata, o Copom espera o cumprimento da nova meta de superávit primário, cerca de 3,15% do Produto Interno Bruto (PIB), sem descontos dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), este ano. Em 2012 e 2013, a “hipótese de trabalho” do BC é a de que o superávit primário fique em torno de 3,10% do PIB, sem ajustes.

Para o Copom, os resultados fiscais previstos contribuem para “arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta”, o que gera inflação, e “solidificarão a tendência de redução da razão dívida pública sobre produto [PIB]”.

Na ata, o comitê destaca “que o cenário central também contempla moderação na expansão no mercado de crédito, para a qual contribuem ações macroprudenciais e ações convencionais de política monetária [taxa Selic] recentemente adotadas”. O Copom considera, ainda, “oportuna” a decisão do governo de moderar os subsídios nas operações de crédito.

Além da redução dos gastos públicos, o comitê destaca que levou em consideração para reduzir a Selic a deterioração do cenário internacional, com a crise econômica externa, e os efeitos das ações de restrição ao crédito no país, implementadas no final do ano passado. Segundo a ata, as decisões futuras sobre a taxa Selic vão levar em consideração esses mesmos aspectos.


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