As bolsas registravam fortes baixas nesta segunda-feira, em particular as ações dos bancos, em consequência dos temores crescentes sobre a possibilidade de default da Grécia. Na Europa, Paris perdia 4,80%, Frankfurt 3,55%, Londres 2,49%, Madri 3,38% e Milão 4,10%. O índice dos principaies valores suíços perdia 3,09%.
Os títulos bancários encabeçavam as desvalorizações. Em Paris, BNP Paribas, Crédit Agricole e Société Générale perdiam quase 10%, sob a ameaça de rebaixamento da nota de suas dívidas pela agência de classificação Moody's. Na bolsa de Frankfurt, Deutsche Bank e Commerzbank registravam perdas de mais de 8%.
Em Madri, o Santander, maior banco da Eurozona em termos de capitalização, retrocedia 4,85%. Na Ásia, Tóquio fechou em queda de 2,31%, com o índice Nikkei no menor nível em mais de dois anos, a 8.535,67 pontos. Hong Kong perdeu 4,21%.
Defalut
A Eurozona faz todo o possível para evitar que um de seus membros, como a Grécia, recorra ao default (suspensão de pagamentos), afirmou nesta segunda-feira em Paris o comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier.
"Precisamos manter a calma e o sangue frio", disse o comissário à imprensa, ao comentar a queda das bolsas pelo temor da falta de pagamento da Grécia. Questionado sobre a situação dos bancos europeus, que registravam quedas expressivas em suas cotações, Barnier manifestou confiança na "capacidade de resistência das instituições financeiras".
Alemanha defende
A Alemanha quer que a Grécia permaneça como membro da Eurozona, afirmou nesta segunda-feira um porta-voz do ministério da Economia, apesar de ter admitido que o país mediterrâneio adotou suas reformas com "pouca firmeza". O ministro alemão da Economia, o liberal Philipp R¶sler, não descartou uma suspensão de pagamentos da Grécia em um artigo publicado nesta segunda-feira.
"Nosso objetivo comum é a estabilidade do euro e nós queremos que a Grécia continue sendo membro da zona do euro", declarou o porta-voz do ministério ao ser questionado sobre o artigo. "Mas a Grécia cumpriu com seus compromissos com pouca firmeza", acrescentou a fonte.