Uma comissão independente recomendou nesta segunda-feira que a reforma do sistema bancário britânico seja implementada até 2019, com a seperação das atividades clássicas dos investimentos financeiros.
De acordo com a recomendação, os bancos teriam prazo de vários anos, assim como solicitado, para a adaptação à reforma, que pretende evitar que um eventual novo plano de resgate seja pago pelos contribuintes.
O governo tomará uma decisão em breve, com base nas recomendações do relatório de 363 páginas da comissão, que descartou a opção de um desmantelamento de bancos denominados "universais" como Barclays ou HSBC, que durante muito tempo foram consideradas "muito grandes para falir".
A comissão independente coordenada pelo economista John Vickers ressaltou que é necessário criar divisões entre as diferentes atividades para proteger as contas particulares, o que, admite, representa mobilizar importantes capitais adicionais.
O relatório defende que o governo apresente a reforma para votação no Parlamento o mais rápido possível e reconhece que um longo período pode ser necessário para a aplicação, mas insiste que as mudanças deverão estar concluídas até 2019.
França
Nacionalizar parcialmente os bancos franceses é "totalmente prematuro e fora de questão", afirmou nesta segunda-feira em Paris o ministro francês da Indústria, Eric Besson.
"Me parece totalmente prematuro e fora de questão hoje mencionar a hipótese de uma nacionalização parcial dos bancos", disse Besson ao ser questionado sobre a queda dos títulos bancários na Bolsa de Paris.
De acordo com o ministro, os bancos franceses foram aprovados nos testes de resistência organizados pelas autoridades europeias. Besson manifestou confiança na solidez do sistema bancário francês.
Nesta segunda-feira, as ações dos bancos BNP Paribas, Crédit Agricole e Société Générale registravam perdas próximas ou superiores a 10%.