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Estado de Minas

Grécia cria imposto para reduzir déficit

Papandreou afasta saída do país do euro e diz que cenários que preveem a possibilidade não são sérios


postado em 12/09/2011 08:18 / atualizado em 12/09/2011 10:27

Esmagado pelas pressões externa e dos milhares de populares dentro do próprio país, o primeiro ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou ontem a criação de um imposto sobre o setor imobiliário, na tentativa de ampliar as receitas e equilibrar o deficit público. O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, adiantou que a nova taxação será recolhida por meio das contas de energia elétrica. “É um imposto especial sobre o setor imobiliário.” A expectativa é de que a tarifa renda cerca de 2 bilhões de euros aos cofres gregos.

Serão cobrados, em média, 4 euros por metro quadrado, variando de 50 centavos nas zonas mais pobres até 10 euros nas áreas mais ricas do país. Além disso, os políticos e altos funcionários renunciarão a um pagamento mensal de seus salários. As medidas surgem como resposta aos rumores que tomaram conta dos mercados, durante a semana passada, de que as

autoridades não conseguirão cumprir as metas fiscais firmadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) — exigidas pelas instituições como contrapartida aos pacotes de socorro.

Em conferência na cidade grega de Tessalônica, Papandreou aproveitou para rebater as críticas ao governo e desqualificou as avaliações de que o país poderia deixar a Zona do Euro e retornar ao dracma, padrão monetário anterior. “Esses cenários não são sérios. Uma saída do euro criaria um efeito dominó que levaria à dissolução do bloco”, avaliou.

A análise, publicada primeiro em reportagem na revista alemã Der Spiegel, foi reiterada pelo
presidente do partido da União Social-Cristã da Baviera, Horst Seehofer. A legenda faz parte da coalizão de centro-direita da chanceler alemã, Angela Merkel. Seehofer afirmou que a Grécia precisa cumprir as condições exigidas pela UE e pelo FMI em troca de novos empréstimos. “Se os gregos não tiverem sucesso, apesar de todos os seus esforços, aí não se pode descartar isso (a saída do país do bloco)”, ponderou. Em artigo publicado em um jornal alemão, o ministro da Economia do país, Philipp Roesler, engrossou o coro de pressões sobre Merkel e destacou que um calote grego não pode mais ser considerado um tabu. “Para estabilizar o euro, não pode mais haver nenhum tabu. Isso inclui, se necessário, uma moratória ordenada da Grécia, se os instrumentos necessários estiverem disponíveis”, defendeu.

Empenhado em controlar a crise econômica, Papandreou voltou a dizer que o governo está disposto a evitar a bancarrota grega e descartou a realização de novas eleições. “Este não é o momento para novas eleições e sim para batalhar. Esta situação é similar a estar em uma guerra e eu estou pedindo ao povo grego dinheiro para comprar armas”, completou.


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