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Estado de Minas

Semana começa com atrasos e cancelamentos nos aeroportos mineiros

Manutenção deixou passageiros de três voos sem aeronave em Confins, enquanto o tempo impediu a operação em Goianá


postado em 13/09/2011 06:00 / atualizado em 13/09/2011 07:54

Manutenção deixou passageiros de três voos sem aeronave em Confins, enquanto o tempo impediu a operação em Goianá(foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 1/7/11)
Manutenção deixou passageiros de três voos sem aeronave em Confins, enquanto o tempo impediu a operação em Goianá (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 1/7/11)
Dia de atrasos e cancelamentos nos aeroportos Internacional Tancredo Neves (Confins) e no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, a 45 quilômetros de Juiz de Fora. Em Confins, dezenas de passageiros que sairiam do aeroporto às 15h20 de nessa segunda-feira com destino ao Rio de Janeiro tiveram o voo cancelado pela Webjet. Outros voos da companhia com destino a Guarulhos (SP) e Florianópolis também não decolaram de Confins.

Em Goianá, os voos da Azul Linhas Aéreas voltaram a ser cancelados nessa segunda-feira, devido a problemas meteorológicos. É a terceira vez que a companhia aérea é obrigada a cancelar os pousos e decolagens no local. No dia 22 de agosto, data da inauguração do aeroporto, os voos também tiveram que ser suspensos em função das más condições climáticas.

O pouso e decolagem em Goianá só podem ocorrer nas operações realizadas por aproximação visual, uma vez que o aeroporto ainda não tem procedimento de voo por instrumentos aprovado pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea). “Mas a partir do dia 22 já devemos estar liberados para operar com instrumentos nos voos noturnos e diurnos”, afirma Denílson Duarte, diretor adjunto da Multiterminais Alfandegados do Brasil, administradora do aeroporto de Goianá.

A Azul informou que o voo 4350, que partiu de Campinas (SP) às 12h42 dessa segunda-feira com destino a Goianá, foi alternado para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão, no Rio de Janeiro) devido às condições meteorológicas desfavoráveis no aeroporto de destino, abaixo das mínimas necessárias à operação. Os clientes foram alocados em ônibus executivo da companhia e seguiram até o destino final. O voo 4353, que partiria de Goianá às 14h35, foi cancelado. Segundo o Decea, já foi realizado o voo de inspeção para que o aeroporto possa operar por instrumentos, mas a autorização oficial só deve ser liberada mesmo a partir do dia 22.

Manutenção

Já a Webjet alegou que os voos foram cancelados em Confins devido à necessidade de manutenção não programada de duas aeronaves. A empresa informou que acomodou os passageiros em outros voos da companhia aérea ou de outras companhias, de acordo com a disponibilidade de assentos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomenda que o passageiro lesado com atrasos e cancelamentos de voos recorra aos guichês das companhias aéreas no aeroporto e cobre o cuprimento da Resolução 141, que disciplina o funcionamento das empresas aéreas. A resolução estabelece que "o transportador, ao constatar que o voo irá atrasar em relação ao horário originalmente programado, deverá informar o passageiro sobre o atraso, o motivo e a previsão do horário de partida, pelos meios de comunicação disponíveis".

 

Adiado início da obra em Confins

 

A obra de reforma e ampliação do terminal 1 do aeroporto de Confins, prevista para sair do papel nesta semana, só vai começar a partir de segunda-feira. O consórcio Marquise/Normatel, vencedor da licitação, ainda não apresentou a certidão negativa de débito do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), o que impede a liberação das obras. A empresa pediu nessa segunda-feira ao Cadin para fazer a regularização do processo, mas o prazo de liberação é de 48 horas.

Depois que a documentação estiver em dia, a Infraero ainda precisa assinar o contrato com a empresa e emitir a ordem de serviço. Com a reforma, orçada em R$ 236,65 milhões, a capacidade do terminal 1 vai passar de 5 milhões para 6,4 milhões de passageiros ao ano. A obra, além de estar atrasada, ainda não atende a atual demanda do aeroporto. No ano passado, passaram por Confins 7,2 milhões de passageiros.

“O aeroporto de Confins está no limite da operação. A duplicação é urgente. E o ideal não seria reformar o terminal, mas sim fazer um novo. O fato de ter apenas uma pista de pouso e decolagem também é preocupante,”, afirma o analista de aviação Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral. A demanda de passageiros, diz, já vem crescendo cerca de 16% ao ano nos voos domésticos. “E nos voos internacionais aumentou 52% só neste ano. Não precisamos de Copa nem Olimpíadas para justificar a obra”, diz.

Paliativo

Por enquanto, a alternativa encontrada pela Infraero para a saturação de Confins foi a construção do Módulo Operacional Provisório (MOP), o “puxadinho”, que vai contar com R$ 100 milhões de investimento e vai ampliar a capacidade do terminal em 4,9 milhões de passageiros ao ano. A licitação está prevista para acontecer em novembro e o início das obras em março de 2012, com término estimado em março de 2013.

Para a solução definitiva do problema, no entanto, o governo de Minas Gerais publica nos próximos dias o edital de licitação dos projetos básico e executivo do segundo terminal de passageiros de Confins. O terminal está previsto para ser construído ao lado do estacionamento novo e deve ter capacidade para mais 10 milhões de passageiros ao ano. A obra deve ser realizada em duas fases, sendo que na primeira a expansão de capacidade será de 5 milhões de passageiros ao ano.


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