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Estado de Minas

Greve nos Correios suspende o Sedex

Paralisação atinge até 40% da mão de obra no primeiro dia. Em BH, 900 dos 3 mil funcionários cruzaram os braços nessa quarta-feira


postado em 15/09/2011 06:00 / atualizado em 15/09/2011 06:18

Se você espera uma carta ou encomenda para hoje, pode ser que não receba. A greve da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) já tem adesão de 32% dos trabalhadores em todo o Brasil, chegando a 40% em alguns casos, segundo o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira. Em Belo Horizonte e região metropolitana, do total de 3 mil funcionários da empresa, cerca de 900 paralisaram as atividades nessa quarta-feira. Por enquanto, a adesão está mais forte na Grande BH. “Mas, a partir de amanhã (hoje), teremos reuniões em outras regiões do estado”, afirma Pedro Paulo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG).

A greve deflagrada nessa quarta-feira segue por tempo indeterminado. “Ainda não teve acordo”, afirma Pinheiro. Em Minas Gerais, a empresa conta com 6 mil trabalhadores. Além da capital, as paralisações atingiram as cidades de Betim, Contagem, Ibirité, Vespasiano, Sabará, Pedro Leopoldo e Nova Lima.

Os Correios suspenderam os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, por terem horário marcado. O presidente da empresa disse que vai manter a entrega diária de cartas e encomendas, embora haja possibilidade de atrasos. A concentração dos grevistas em Belo Horizonte aconteceu nessa quarta-feira no prédio central, na Avenida Afonso Pena, e na BR-040, no Bairro Dona Clara. Ao longo do dia eles fizeram passeata pelas avenidas Álvares Cabral, Augusto de Lima, Afonso Pena e pela Rua Espírito Santo.

A categoria reivindica 74% de correção de todas as perdas salariais desde o governo Fernando Henrique Cardoso até hoje, contratação de mais 2,5 mil trabalhadores, melhoria nos convênios médicos , além de se declarar contra a política de privatização da ECT. O presidente dos Correios pediu aos trabalhadores que encerrem a paralisação e frisou que a retomada das negociações sobre o acordo coletivo está condicionada ao retorno às atividades. Segundo ele, haverá desconto dos dias parados.

O executivo destacou os benefícios da proposta que a empresa havia feito na segunda-feira — que representava um aumento salarial final de 13% para 64.427 empregados, ou seja, 60,14% do efetivo total da empresa. Nessa quarta-feira, diante da decisão de greve, a proposta foi retirada. “Na conjuntura atual, em que existe preocupação com a crise financeira internacional, entendemos que reajuste de 13% no piso salarial é bastante relevante. Só podemos lamentar a decisão tomada e chamar os trabalhadores a retomar as atividades.”

Contas

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que não haverá prorrogação de prazos de pagamentos de cobranças não recebidas em função da greve. As datas de vencimento, esclarece a Febraban, são determinadas pelas concessionárias de serviços públicos e empresas emissoras dos boletos.

Em comunicado, a entidade sugeriu que os clientes identifiquem os pagamentos mensais, ou aqueles que poderão incidir no período da paralisação e, com essas informações, procurem as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos para solicitar a segunda via da cobrança. A entidade ressalta ainda que o débito direto autorizado (DDA), serviço bancário disponível desde 2009, elimina a necessidade do boleto impresso.


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