A taxa de desemprego da Grécia subiu para 16,3% no segundo trimestre, após registrar 15,9% no primeiro trimestre e 11,8% no mesmo período do ano passado, de acordo com informações divulgadas hoje pela agência de estatísticas Elstat.
A taxa de pessoas desempregadas procurando trabalho há mais de um ano ficou em 50,9% no segundo trimestre. Cerca de 33% das pessoas com idades entre 15 e 29 anos estavam procurando emprego no segundo trimestre, ante 22,8% no mesmo período do ano passado. A taxa de desemprego no grupo de pessoas com idade entre 30 e 44 anos alcançou 15%. A taxa de mulheres desempregas foi de 20% no segundo trimestre e dos homens sem emprego, de 13,7%.
Zona do euro
O número de pessoas empregadas nos 17 países que fazem parte da zona do euro subiu 0,3% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior, de acordo com informações divulgadas hoje pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia. Segundo a entidade, o número de pessoas empregadas subiu de 146,5 milhões para 147 milhões no período.
O aumento foi o maior desde o primeiro trimestre de 2008, antes da eclosão da crise financeira global, que deflagrou o colapso do banco norte-americano Lehman Brothers em setembro daquele ano. O fato de que mais pessoas estejam trabalhando deve ajudar a impulsionar os gastos dos consumidores, um dos aspectos fracos da zona do euro desde que a recuperação começou, em meados de 2009.
Contudo, não está claro se a região continuará a gerar empregos, dada a deterioração da perspectiva econômica ao longo dos últimos meses. Uma pesquisa mensal conduzida pela Comissão Europeia apontou uma forte queda nos planos de contratação durante o mês de agosto.
Setores e países
Apesar do ambiente difícil para os bancos da zona do euro, o emprego no setor de serviços empresariais e financeiros aumentou no ritmo mais rápido, com alta de 0,9% em relação ao primeiro trimestre, tendo aumentado em 1,1% nos primeiros três meses do ano. Depois de grandes quedas, na esteira de vários booms imobiliários pela região, mas principalmente na Espanha, o emprego no setor de construção subiu 0,2%, a mesma taxa de expansão registrada na manufatura,
O aumento do emprego foi disseminado, não obstante a diferença nas taxas de crescimento entre as economias mais fortes do norte da Europa, como a Alemanha, e os países do sul. O número de pessoas empregadas aumentou 0,4% na Alemanha, 0,3% na França, mas também 0,4% na Espanha, 0,3% na Itália e 0,1% em Portugal. O dado ficou inalterado na Irlanda e não estava disponível para a Grécia. Na União Europeia como um todo, havia 223,4 milhões empregadas, acima dos 223 milhões do primeiro trimestre, alta de 0,2%.
Inflação
O índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) da zona do euro subiu 2,5% em agosto, em bases anuais. O resultado é o mesmo registrado em julho e fica acima da meta do Banco Central Europeu (BCE) para o médio prazo de menos de 2,0%. O CPI também ficou em linha com a previsão dos analistas e confirmou a leitura preliminar da agência de estatísticas Eurostat apresentada no mês passado. Em comparação com julho, o CPI teve alta de 0,2%, também em linha com as projeções.