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Estado de Minas

Bancos alemães não estão imunes à piora da Grécia

Norbert Barthle acrescentou que os bancos da Alemanha detêm dezenas de bilhões de euros em bônus soberanos da Grécia


postado em 15/09/2011 15:11 / atualizado em 15/09/2011 15:17

Uma piora na crise da dívida da Grécia pode afetar os grandes bancos da Alemanha, disse hoje Norbert Barthle, porta-voz para orçamento do Parlamento alemão e membro do partido União Democrata Cristã, da chanceler Angela Merkel.

Segundo Barthle, se a troica - grupo formado por representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e da União Europeia - negar para a Grécia o próximo tranche (parcela) do atual programa de resgate, a Grécia dificilmente vai conseguir seu segundo pacote de resgate, de 109 bilhões de euros, e poderá ser forçada a declarar default (calote), o que afetaria os bancos locais. "Portanto, há, sim, preocupações em torno dos grandes bancos alemães".

Ele acrescentou que os bancos da Alemanha detêm dezenas de bilhões de euros em bônus soberanos da Grécia, embora muitos desses bônus estejam nas mãos de bancos parcialmente estatais, como o Commerzbank AG e o nacionalizado Hypo Real Estate.

Em uma tentativa de evitar abordar possíveis problemas financeiros nos bancos alemães relacionados à crise na Grécia, outras autoridades da coalização da chanceler Angela Merkel estão reticentes em falar sobre o tema. "Tal especulação só alimentaria incertezas. E isso não ajuda de nenhuma forma", afirmou Klaus-Peter Flosbach, porta-voz de política financeira da União Democrata Cristã.

O Ministério das Finanças da Alemanha tem planos de contingência para um possível default da Grécia, até mesmo em um cenário em que a Grécia saia da zona do euro. Entretanto, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, enfatizou na última segunda-feira que apesar de esses planos serem abordados, eles não são levados em conta nas atuais políticas governamentais. "O governo também discute sobre o que fazer se uma catástrofe ocorrer, mas por enquanto não leva isso em conta (em suas políticas atuais). Isso precisa ser distinguido".


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