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Estado de Minas

Eurogrupo descarta chance de mais medidas de estímulo

Juncker acrescentou que os membros da zona do euro vão decidir em outubro se liberam a próxima parcela do pacote de resgate para a Grécia


postado em 16/09/2011 10:16 / atualizado em 16/09/2011 11:23

Comissionário econômico da UE, Olli Rehn, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet e chefe do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling(foto: KACPER PEMPEL)
Comissionário econômico da UE, Olli Rehn, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet e chefe do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling (foto: KACPER PEMPEL)

O presidente do Eurogrupo, comissão que reúne os ministros de Finanças da zona do euro, afirmou nesta sexta-feira que os governos do bloco não podem aprovar outro pacote de estímulos econômicos, apesar da acentuada desaceleração no crescimento, que deve continuar nos próximos meses. Em entrevista a jornalistas, Jean-Claude Juncker disse que os problemas orçamentários da zona do euro tornam a adoção de mais estímulos impossível.

"(Os governos) não veem nenhum espaço para manobra dentro da área do euro que nos permita lançar novos estímulos", afirmou Juncker, após reunião do Eurogrupo, da qual também participou o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner. Esse assunto é um dos vários pontos de discordância entre as autoridades europeias e os americanos. Na semana passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, propôs um plano de estímulo para impulsionar a geração de emprego e ajudar a economia do país. Enquanto isso, os líderes europeus parecem estar determinados a prosseguir com planos de cortes no orçamento adotados no ano passado, apesar da desaceleração no crescimento e das persistentes turbulências causadas pela crise da dívida soberana.

Juncker acrescentou que os membros da zona do euro vão decidir em outubro se liberam a próxima parcela do pacote de resgate para a Grécia. Uma missão da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) está em Atenas atualmente, analisando as medidas propostas pelo governo grego para conter o déficit no orçamento.

Parceria


A Eurozona e os Estados Unidos estão dispostos a agir de forma conjunta para enfrentar a crise da dívida que afeta a Europa, assegurou nesta sexta-feira na Polônia o chefe dos ministros da Economia da moeda comum, Jean-Claude Junker. "Estamos determinados a dar uma resposta internacional forte e coordenada para enfrentar estes desafios. Agimos firmemente para manter a estabilidade financeira, restabelecer a confiança e incentivar o crescimento", disse Juncker após uma reunião que contou com a presença do secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.

"É necessário um esforço concertado em escala mundial para assegurar um crescimento forte, equilibrado e duradouro", afirmou em Breslávia, na Polônia, onde é realizada a reunião informal de ministros da Economia dos vinte e sete países da União Europeia. O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, afirmou nesta sexta-feira estar inquieto pelo "conflito entre os governos e o Banco Central Europeu (BCE)" diante da crise da dívida e advertiu contra uma ameaça de defaults "em cascata" de países da Eurozona.

"É uma pena constatar (...) o conflito entre os governos e o Banco Central Europeu. Todos devem trabalhar de forma conjunta (...) com o objetivo de evitar riscos catastróficos para os mercados financeiros", declarou à margem de uma reunião informal de ministros da Economia da União Europeia, realizada em Breslávia, na Polônia. Geithner prometeu a ajuda dos Estados Unidos à Europa para sair da crise da dívida. "É preciso evitar a ameaça de defaults em cascata dos países da Eurozona".


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