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Estado de Minas

Obama propõe US$ 1,5 trilhão em impostos sobre ricos

No total, cortes devem somar US$ 4 tri em 10 anos; presidente dos EUA disse que isenções a milionários e bilionários ajudaram a ampliar endividamento


postado em 19/09/2011 13:17 / atualizado em 19/09/2011 13:37

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs nesta segunda-feira US$ 1 5 trilhão em novos impostos com o objetivo de ajudar a reduzir o déficit nas contas do governo norte-americano. Segundo Obama, as isenções de impostos concedidas a milionários e bilionários no decorrer da última década ajudaram a ampliar o endividamento do país.

Em pronunciamento no Jardim das Rosas da Casa Branca, Obama apresentou um plano por meio do qual

seriam cortados mais de US$ 3 trilhões do déficit ao longo da próxima década, por meio do fim das isenções de impostos para os mais ricos e de alterações modestas no Medicare e no Medicaid.

De acordo com Obama, quando sua proposta somar-se aos cerca de US$ 1 trilhão em corte de gastos transformados por ele em lei recentemente, as duas ações combinadas farão com que o déficit do governo norte-americano diminua mais de US$ 4 trilhões nos próximos dez anos.

É improvável que a proposta de Obama receba o apoio dos republicanos, que se declaram contrários à elevação de impostos em um momento de recuperação econômica. A maior parte da arrecadação tributária viria do fim das isenções de impostos à camada mais rica da população e a empresas de grande porte, como companhias de gás e petróleo.

"Não é luta de classes"

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu nesta segunda que sua proposta para que sejam eliminadas isenções fiscais para os mais ricos e empresas como petroleiras será impopular e tentou reagir antecipadamente às críticas. "Ninguém quer punir o sucesso nos EUA", disse. Os que vão bem, entre os quais se incluiu, precisam pagar sua "fatia justa", afirmou o presidente. "Isto não é luta de classes, é matemática", acrescentou.

O presidente da Comissão Orçamentária da Câmara, republicano Paul Ryan, havia dito ontem que o plano de Obama de taxar os mais ricos representaria uma "guerra de classes", segundo o jornal The New York Times.

O senador republicano Pat Toomey disse em comunicado que está preocupado que "a estratégia de redução de déficit de Obama algumas vezes parece mais definida por uma postura política, tal como reciclar elevação de impostos, criticada publicamente mesmo por congressistas de seu próprio partido". Toomey está entre o grupo de congressistas encarregados de encontrar forma de cortar o déficit do país. O plano de Obama está sendo encaminhado para a avaliação deste comitê.

O presidente disse que vetaria qualquer projeto que corte benefícios do Medicare, mas não inclua taxação maior dos mais ricos.

O líder da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, criticou o plano do presidente. "Ameaças de veto, uma massiva elevação de impostos, economias fantasmas não são uma receita para crescimento econômico ou de empregos - nem mesmo para uma redução significativa do déficit", disse McConnell em comunicado.

Entre as fontes da economia prevista no plano de Obama estão US$ 580 bilhões provenientes de cortes de gastos compulsórios, incluindo em Medicare e Medicaid; US$ 1,5 trilhão do fim dos incentivos fiscais aos mais ricos, companhias de petróleo e gás e proprietários de jatos executivos; cerca de US$ 1,1 trilhão proveniente da desativação do aparato das guerras no Iraque e Afeganistão; e US$ 430 bilhões em economias adicionais.


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