As jazidas descobertas na área do pré-sal nas bacias de Campos, Santos e Rio de Janeiro devem proporcionar ao Brasil uma receita de US$ 27,9 bilhões com exportações de petróleo em 2020, calcula estudo preparado pela Ernst Young, em parceria com a FGV Projetos, e divulgado hoje no Rio, marcando a inauguração do Centro de Excelência da empresa para a área de óleo e gás.
Segundo o estudo, são esperados para 2020 volumes de 600 mil barris exportados por dia. A receita estimada representa um aumento de 73% em relação a 2010 (US$ 16,1 bilhões). Levando-se em conta o crescimento do PIB do País ao longo da década passada as exportações geradas pelo pré-sal terão um impacto positivo de apenas 0,4 ponto porcentual para o PIB brasileiro em 2020 - ressaltando a necessidade de ênfase não só na produção e na exportação de petróleo bruto, mas também em investimentos no refino, para agregar mais valor. "Hoje o Brasil precisa de refinarias para elevar o valor deste produto a ser exportado", afirmou Elizabeth Ramos, sócia da Ernst Young.
No Brasil, a entrada em operação dos campos do pré-sal e a extensão das redes de distribuição do produto farão com que o gás natural ganhe peso e relevância na oferta de energia ao longo das próximas décadas. Além do pré-sal brasileiro, devem entrar em operação o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, e o de Camarupim, na Bacia de Espírito Santo. Com isso, os números do consumo de gás no País serão maiores.
Atualmente são absorvidos 50 milhões de m3/dia; em 2019, serão 169 milhões de m3/dia. Agregada à recente implantação da infraestrutura de transporte que integra as regiões Sudeste e Nordeste, a nova oferta deve aumentar a gaseificação do consumo energético, atendendo a novas indústrias e garantindo a geração de termelétricas a gás natural.