O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 4,1% em agosto de 2011 comparado a igual período de 2010, de 34,67 mil gigawatts por hora para 36,11 mil gigawatts por hora, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na comparação entre janeiro e agosto de 2011 e igual espaço de tempo de 2010, a expansão verificada de 3,7%, para 284,36 mil gigawatts por hora. No acumulado dos últimos doze meses, o crescimento foi de 4,3%, para 425,55 mil gigawatts por hora. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgado hoje pela EPE, órgão ligado ao governo federal.
Segundo a EPE, o consumo industrial cresceu 2,5% entre agosto de 2011 e igual mês de 2010, para 15,85 mil gigawatts por hora. Apesar do crescimento modesto, a autarquia informou que o volume verificado em agosto foi o mais elevado de 2011 para a classe industrial. "A combinação dos resultados regionais revela uma desaceleração no ritmo de crescimento do consumo em nível nacional, em conformidade com a trajetória de evolução da atividade industrial", comentou a EPE. No período de comparação, o consumo industrial no Sudeste teve ligeira variação positiva, de 0,8%.
O consumo residencial cresceu 4,8% entre agosto de 2011 e igual mês de 2010, para 9,23 mil gigawatts por hora. Destaque para o aumento de 8,3% na demanda da classe residencial na região Nordeste, beneficiado pelo maior uso dos aparelhos eletrônicos nas residências e iluminação. No Sudeste, a expansão da demanda dos clientes residenciais foi de 3,6%, com destaque positivo para o incremento de 15,7% no consumo no Espírito Santo e negativo para o ligeiro aumento de 1,6% em São Paulo.
A EPE ainda informou que a linha "outros" teve um crescimento de 3,8%, para 5,14 mil gigawatts por hora. No mercado livre, no qual os grandes consumidores podem escolher de quem comprar a energia, o aumento do consumo foi de 5,9% em agosto de 2011 frente à igual mês de 2010, para 9,7 mil gigawatts por hora. No acumulado dos últimos doze meses, o aumento foi de 10,6%, para 111 mil gigawatts por hora.