Depois de mais de seis meses do terremoto seguido por tsunami no Japão, o governo tenta reconstruir o país. Com dificuldades internas, o partido governista divulgou hoje (28) o plano que propõe reajustes de vários impostos. O objetivo é arrecadar 9,3 bilhões de ienes (cerca de 88,5 milhões de euros) destinados à reconstrução da região. O Japão é considerado hoje um dos países mais caros do mundo.
Os governistas prometem debater as medidas antes de apresentá-las ao Parlamento, no próximo mês. A ideia é aumentar os impostos cobrados sobre os cigarros, por exemplo. Paralelamente, o governo japonês pretende vender as suas participações na empresa Japan Tobacco.
O governo aprovou recentemente dois orçamentos extras. Neles estão autorizadas as liberações de 6 bilhões de ienes (cerca de 57,6 milhões de euros). Há ainda a possibilidade de aprovar um terceiro orçamento suplementar, no valor de 12 bilhões de ienes (aproximadamente 115,3 milhões de euros).
O terremoto seguido por tsunami e os acidentes radioativos deixaram mais de 20 mil mortos e desaparecidos. Os receios de contaminação radioativa levaram ao esvaziamento de cidades inteiras na região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Famílias ainda vivem de forma improvisada e temem voltar para suas casas.
O governo japonês atua na limpeza das regiões atingidas, no monitoramento da radiação nas áreas em volta da usina e na reconstrução de casas e prédios públicos. Economicamente, o Japão sofre danos porque os produtos oriundos da região de Fukushima estão proibidos para consumo e venda. A área é produtora de vegetais e carne.