A Grécia vive nesta quinta-feira mais um dia de protestos. Representantes de várias categorias profissionais, liderados por funcionários públicos gregos, fazem piquetes em frente aos ministérios em Atenas. Eles são contrários às propostas do governo como privatizações e aumento de impostos. A manifestação é comandada pela Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos.
As reações ocorrem no momento em que o governo da Grécia prepara um anúncio de um pacote de privatizações. O objetivo é buscar alternativas para o endividamento do país, que enfrenta pressões dos credores que cobram reformas estruturais. A dívida da Grécia está em torno de 350 bilhões de euros, segundo dados oficiais.
Para hoje está prevista a votação, no Parlamento da Alemanha, do projeto que amplia os poderes de um fundo europeu de resgate (cuja sigla em inglês é European Financial Stability Facility). Com a ampliação do fundo, será permitida a compra de títulos da dívida de países com altos déficits e de bancos com pouco capital.
Paralelamente a União Europeia examina um plano de recuperação para as economias em perigo e a Grécia é um dos focos. A previsão é que o projeto seja concluído em seis semanas. A proposta deve reunir estímulos via fundo europeu de resgate, fortalecimento dos bancos europeus expostos às dívidas soberanas dos países e um possível calote parcial e controlado da Grécia.
Há dois dias, houve um intenso protesto em Atenas e nas principais cidades gregas. Em decorrência dos atos, o trânsito ficou caótico nas ruas de Atenas com longas filas de automóveis, pois funcionários do metrô e das companhias públicas de ônibus também estão em greve.