O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou nesta quinta-feira que as despesas do governo central continuam crescendo este ano abaixo da expansão nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o aumento dos custeios, excluindo os gastos com o "Minha Casa, Minha Vida", foi de 6,4% este ano até o mês de agosto, comparado ao período de janeiro a agosto de 2010. "O custeio, salvo o "Minha Casa, Minha Vida", está caindo bastante em relação ao PIB nominal". Considerando os subsídios ao programa habitacional, a alta dos custeios é de 11,8% no período. O Tesouro desembolsou R$ 4,5 bilhões para o "Minha Casa, Minha Vida", nos oito primeiros meses do ano, ante um desembolso de apenas R$ 100 milhões no mesmo espaço de tempo de 2010. Com o grande impulso do programa, o Tesouro analisa a possibilidade de deixar de contabilizar os subsídios como custeio e passar para a rubrica de investimentos, conforme antecipou a Agência Estado. Os gastos com o "Minha Casa, Minha Vida" estão contabilizados nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o que explica a diferença na expansão dos investimentos totais e do PAC. De janeiro a agosto de 2011, os gastos do PAC foram de R$ 16,7 bilhões.