Na tentativa de evitar o agravamento da crise, o governo da Grécia intensifica as negociações com os parceiros europeus. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, se reúne nesta sexta-feira com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e vários líderes europeus. As articulações ocorrem no momento em que as negociações sobre o pagamento da próxima parcela do empréstimo internacional ao país continuam em Atenas.
As reformas elaboradas pelo governo para atender às exigências da comunidade internacional levaram hoje os gregos a mais um dia de protestos. A previsão é que os funcionários do metrô e das linhas de transportes urbanos cruzem os braços nesta sexta-feira na Grécia.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) exigiram contrapartidas do governo grego para garantir o pagamento da parcela de 8 bilhões de euros (cerca de R$ 20 bilhões) para impedir a decretação de moratória. Inspetores internacionais estão em Atenas para avaliar o progresso grego no controle de seus níveis de endividamento.
Paralelamente, a França e a Alemanha adotarão uma estratégia para apoiar países endividados. Os dois representam cerca de metade da economia da zona do euro, formada por 17 países. Ontem (29), o Parlamento alemão aprovou a ampliação do fundo de auxílio destinado aos países da zona do euro, conhecido como Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef).