O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, e o ministro da Reforma Administrativa da Grécia, Dimitris Reppas, voltaram hoje a se reunir com os auditores da troica - União Europeia (UE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - para discutir medidas para reduzir o setor público.
A Grécia corre contra o tempo para finalizar um esquema para colocar 30 mil funcionários públicos temporariamente na "reserva" - afastados com salários reduzidos - para cumprir as metas fiscais exigidas pelos credores para 2011 e 2012. Os auditores estão pressionando pela redução do setor público, mas a Constituição grega praticamente impede a demissão dos servidores.
Uma possibilidade seria desativar várias organizações estatais e colocar seus empregados na reserva. Os funcionários perto da aposentadoria também seriam colocados na reserva com salários menores, mas o jornal Kathimerini disse que a ideia foi rejeitada pelos auditores.
Caso haja um acordo sobre o tema neste sábado, a questão será levada a uma reunião de emergência do gabinete amanhã, presidida pelo primeiro-ministro George Papandreou, e em cuja agenda também está o projeto do Orçamento para 2012. O país precisa convencer os auditores que as reformas estão em andamento para receber uma tranche de 8 bilhões de euros, da ajuda de 110 bilhões de euros aprovada em maio de 2010 pela UE e o FMI. Sem esta parcela, a Grécia poderá ficar sem recursos para cumprir seus compromissos em meados de outubro.