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Estado de Minas

Presidente da Renault-Nissan se encontra com Dilma e confirma nova fábrica no Brasil

Mercadante diz que Renault e Nissan estão sintonizadas


postado em 01/10/2011 12:34 / atualizado em 01/10/2011 14:37

 

O presidente das montadoras francesa Renault e japonesa Nissan, Carlos Goshn, anunciou neste sábado em Brasília a construção de uma nova fábrica na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, e a ampliação da unidade no estado do Paraná. As duas obras fazem parte de um plano de investimentos no país para dobrar a participação das duas marcas no mercado brasileiro até 2016.

"Fixamos como objetivo até 2016 duplicar esta participação de mercado, acima de 13% de participação de mercado. A Renault acima de 8% e a Nissan acima de 5%", disse Goshn após uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.

"A aliança tem hoje uma participação de mercado no Brasil bem abaixo da que tem a nível mundial mundial (10%). No Brasil é de 6,5% (5,5% para a Renault e pouco mais de 1% para a Nissan). Evidentemente, acreditamos que o potencial está bem acima disto", afirmou.

Ghosn deve anunciar oficialmente na próxima quarta-feira e quinta-feira o investimento nas duas fábricas no Brasil, mas não quis antecipar os números. Também são aguardados anúncios para a produção de carros elétricos.

"A aliança considera o Brasil um dos mercados mais estratégicos", declarou Ghosn, depois de oficializar os planos do grupo em uma reunião privada com a presidente Dilma Rousseff.

Mercado

Atualmente, o Brasil é o terceiro mercado mundial da Renault, e provavelmente será o segundo ao fim do ano, atrás apenas da França, segundo Ghosn. No total, 60% das vendas da marca ainda acontecem na Europa.

"Para a Nissan, é mais um potencial de futuro, com um aumento da produção de peças no Brasil, muitas delas importadas atualmente do México", disse.

Com a estabilidade econômica e o alto consumo, o mercado de carros brasileiros é um dos que registra maior expansão e deve encerrar 2011 com um aumento de 5% nas vendas internas, que alcançarão 3,7 milhões de veículos, segundo previsões da associação de montadoras Anfavea.

O anúncio coincide com a recente decisão do governo brasileiro de aumentar em 30% a taxa aplicada aos veículos importados e aos que não tenham 65% das peças produzidas no país ou no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).


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