A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira em Bruxelas que mais medidas de austeridade trazem apenas mais desemprego e recessão e, pelo contrário, são necessários mais investimentos para sair da estagnação, como demonstrou a crise da dívida dos anos 1980.
"Destaquei que a nossa experiência demonstra que, no nosso caso, ajustes fiscais extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação e de perda de oportunidades e de desemprego", afirmou Dilma em sua primeira coletiva de imprensa em Bruxelas, poucas horas antes do início da V cúpula Brasil-União Europeia.
"Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia", acrescentou a presidente após se reunir no Palácio Egmont com o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme.
Estas foram as receitas que a América Latina utilizou para sair da "crise da dívida latino-americana" após os anos 1980, explicou Dilma pouco antes do jantar com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, no qual foi inaugurada da V cúpula UE-Brasil.
A crise da dívida europeia e os planos que os europeus têm para resgatar a Grécia foram o tema central do jantar no castelo de Val Duchesse, em homenagem à presidente brasileira, disseram à AFP fontes da chancelaria brasileira.
As mesmas fontes revelaram que foi "uma conversa geral" sobre a situação econômica da zona do euro antes da reunião dos países industrializados e emergentes do G20, prevista para o início de novembro na França, e que por enquanto os europeus não receberam nenhuma "ajuda direta" do Brasil, que integra o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A presidente brasileira também agradeceu o apoio da Bélgica à aspiração do país de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, para o qual precisa superar a oposição de algumas potências como os Estados Unidos, que criticam algumas posições adotadas pelo governo brasileiro.
A cúpula teve início na noite desta segunda-feira às 19h45 (hora local, 14h45 de Brasília) com um jantar em homenagem a Dilma, oferecido pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Barroso e Dilma devem falar sobre a decisão europeia de impor uma taxa sobre as transações financeiras à União Europeia, com a qual pretende arrecadar 55 bilhões de euros anuais, e sobre os planos de ajuda para resgatar a Grécia.
De qualquer forma, várias fontes europeias consultadas pela AFP disseram que não esperam receber uma "ajuda direta" do Brasil.
O bloco de potências emergentes declarou-se disposto a "considerar, se for necessário, um apoio via FMI ou outras instituições financeiras internacionais, para enfrentar os desafios à estabilidade financeira mundial".
Durante a cúpula, a UE e o Brasil, interlocutor privilegiado dos europeus e um ator de peso no cenário internacional, também avaliarão o pedido de adesão de um Estado palestino à ONU, que recebeu um forte apoio brasileiro.
Brasil e União Europeia tentarão progredir nas negociações entre o Mercosul e a UE antes da rodada de negociações de início de novembro no Uruguai, para as quais ainda devem superar vários obstáculos no setor agrário, sobretudo os temores de produtores franceses de uma avalanche nas importações de carne.
Na terça-feira, a presidente participará do V Fórum Empresarial Brasil-União Europeia, que se desenvolve em paralelo à cúpula, e inaugurará o Festival Europalia, que neste ano tem o Brasil como principal protagonista.
O Brasil também pretende aprofundar o comércio e o investimento bilateral com os europeus. O Brasil é o quarto principal destino dos investimentos europeus e o sexto maior investidor na Europa, e no primeiro semestre de 2011 tornou-se o nono sócio comercial da UE.
"Destaquei que a nossa experiência demonstra que, no nosso caso, ajustes fiscais extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação e de perda de oportunidades e de desemprego", afirmou Dilma em sua primeira coletiva de imprensa em Bruxelas, poucas horas antes do início da V cúpula Brasil-União Europeia.
"Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia", acrescentou a presidente após se reunir no Palácio Egmont com o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme.
Estas foram as receitas que a América Latina utilizou para sair da "crise da dívida latino-americana" após os anos 1980, explicou Dilma pouco antes do jantar com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, no qual foi inaugurada da V cúpula UE-Brasil.
A crise da dívida europeia e os planos que os europeus têm para resgatar a Grécia foram o tema central do jantar no castelo de Val Duchesse, em homenagem à presidente brasileira, disseram à AFP fontes da chancelaria brasileira.
As mesmas fontes revelaram que foi "uma conversa geral" sobre a situação econômica da zona do euro antes da reunião dos países industrializados e emergentes do G20, prevista para o início de novembro na França, e que por enquanto os europeus não receberam nenhuma "ajuda direta" do Brasil, que integra o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A presidente brasileira também agradeceu o apoio da Bélgica à aspiração do país de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, para o qual precisa superar a oposição de algumas potências como os Estados Unidos, que criticam algumas posições adotadas pelo governo brasileiro.
A cúpula teve início na noite desta segunda-feira às 19h45 (hora local, 14h45 de Brasília) com um jantar em homenagem a Dilma, oferecido pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Barroso e Dilma devem falar sobre a decisão europeia de impor uma taxa sobre as transações financeiras à União Europeia, com a qual pretende arrecadar 55 bilhões de euros anuais, e sobre os planos de ajuda para resgatar a Grécia.
De qualquer forma, várias fontes europeias consultadas pela AFP disseram que não esperam receber uma "ajuda direta" do Brasil.
O bloco de potências emergentes declarou-se disposto a "considerar, se for necessário, um apoio via FMI ou outras instituições financeiras internacionais, para enfrentar os desafios à estabilidade financeira mundial".
Durante a cúpula, a UE e o Brasil, interlocutor privilegiado dos europeus e um ator de peso no cenário internacional, também avaliarão o pedido de adesão de um Estado palestino à ONU, que recebeu um forte apoio brasileiro.
Brasil e União Europeia tentarão progredir nas negociações entre o Mercosul e a UE antes da rodada de negociações de início de novembro no Uruguai, para as quais ainda devem superar vários obstáculos no setor agrário, sobretudo os temores de produtores franceses de uma avalanche nas importações de carne.
Na terça-feira, a presidente participará do V Fórum Empresarial Brasil-União Europeia, que se desenvolve em paralelo à cúpula, e inaugurará o Festival Europalia, que neste ano tem o Brasil como principal protagonista.
O Brasil também pretende aprofundar o comércio e o investimento bilateral com os europeus. O Brasil é o quarto principal destino dos investimentos europeus e o sexto maior investidor na Europa, e no primeiro semestre de 2011 tornou-se o nono sócio comercial da UE.