Ao participar nesta terça-feira da 5ª Cúpula Brasil-União Europeia, na Bélgica, a presidenta Dilma Rousseff destacará sua preocupação com os efeitos da crise econômica internacional. Para ela, é fundamental que os governos evitem a adoção de medidas que levem à estagnação e ao desemprego. Segundo a presidenta, uma das experiências negativas vividas pelo Brasil foi nos anos 1980 e 1990, quando foram adotadas ações que frearam o crescimento do país.
Nessa terça-feira, ao lado do primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, Dilma sugeriu cautela aos países que vivem de forma mais intensa a crise econômica. Segundo ela, medidas severas podem levar à recessão e ameaçam a estabilidade social.
De acordo com assessores, a presidenta estuda a possibilidade de apresentar como alternativa uma parceria estratégica aos europeus para atenuar os danos causados pela crise na zona do euro. Dilma também prestende ressaltar que o Brasil se dispõe a colaborar com os europeus no que for necessário.
O desenvolvimento sustentável é o principal tema da Conferência Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 28 de maio a 6 de junho de 2012. Será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde.
Paralelamente, Dilma lembrará dos temas que interessam às negociações envolvendo o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União Europeia. Há articulações para que seja fechado um acordo de livre comércio em 2012. Segundo especialistas, com o acordo as possibilidades serão multiplicadas na geração de intercâmbio e até de empregos.
No entanto, como ocorre em outros setores, os europeus temem a competição com a carne produzida no Mercosul. Também há negociações envolvendo a indústria manufatureira. Em 2004, as negociações para o livre comércio entre os dois blocos foram interrompidas e retomadas este ano.
Em Bruxelas, a presidenta almoça com o rei Alberto II, da Bélgica, no Castelo Real de Laeken. O castelo é a princpal residência da família real belga e o local é conhecido por ter um dos mais belos jardins da Europa. A construção é do século 18.
De Bruxelas, capital belga, Dilma segue para a Bulgária, onde vai conhecer parte de sua família paterna. Pedro Rousseff, pai da presidenta, deixou o país nos anos 1930. Dilma nunca esteve no país mas, para os búlgaros, é considerada um deles pois é descendente direta. Depois, na última escala da viagem, a presidenta vai à Turquia.