O dólar comercial abriu com alta de 0,16%, a R$ 1,893, no balcão. O cenário externo é tenso hoje e continua ditando os fundamentos para os negócios com câmbio. No entanto, o mercado tem motivos, mais uma vez, para olhar para dentro na hora de definir operações e cotações. Isso porque o Banco Central voltou a atuar em carga máxima, ontem, depois que o dólar deu sinais de que iria sustentar-se acima de R$ 1,90. O Banco Central ofereceu até 106.975 contratos de swap cambial (cerca de US$ 5,3 bilhões) em leilão realizado das 15h45 às 16 horas e conseguiu roubar parte da força das cotações.
Se a intenção do BC é mostrar que tem munição e evitar que a crise externa resulte num ataque contra o real, escolheu um bom momento para tentar. Lá fora, cresce uma nova onda de descrédito em relação à solução para os problemas das dívidas soberanas europeias.
O pessimismo foi detonado pelo adiamento na liberação da próxima parcela do empréstimo à Grécia e o cancelamento da reunião de ministros europeus, que estava prevista para o dia 13 de outubro. Isso atinge em cheio as bolsas, com destaque negativo para o setor financeiro. Simultaneamente, o Goldman Sachs rebaixou as previsões para o PIB global, o euro e as commodities, engrossando o mau humor.