Mesmo tendo amenizado suas perdas na última hora de negociações, por conta de rumores sobre um plano de capitalização dos bancos europeus, o Ibovespa terminou esta terça-feira no campo negativo pela terceira sessão consecutiva, tendo recuado 0,21% - na mínima do intraday, o índice chegou a cair 2,68% -, fechando aos 50.686 pontos. Dessa forma, o benchmark renovou seu menor fechamento desde 8 de agosto, quando terminou a 48.668 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,753 bilhões.
Segundo matéria publicada pelo Financial Times, os ministros de finanças da União Europeia estão examinando formas de realizar um plano de recapitalização dos bancos do velho continente. Embora os detalhes do plano ainda estejam sendo discutidos no encontro em Luxemburgo, os ministros já chegaram à conclusão de que eles não fizeram o suficiente para convencer o mercado de que os bancos europeus podem suportar a crise da dívida que atualmente assola a região, diz o artigo do FT.
O dólar comercial fechou em queda de 1,24% nessa terça-feira, cotado a R$ 1,8685 na venda. Isso ocorreu em uma sessão volátil onde a moeda chegou a operar em alta, inverteu o sinal, voltou a subir e retornou ao campo negativo após uma intervenção do Banco Central no câmbio, através de um leilão de contratos de swap cambial.
A instituição vendeu 33.150 contratos, de um total de 90.525 ofertados, no valor de US$ 1,649 bilhão, em uma operação que corresponde a venda de dólares no mercado futuro. A espera pela próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para 18 e 19 de outubro, também já pesa e pode ter ajudado na queda da moeda na sessão, uma vez que a expectativa é de redução de juros, o que por sua vez diminuiria a atratividade do real frente ao dólar.