A garantia que os Estados belga e francês se preparam a conceder ao banco franco-belga Dexia não cobrirá os ativos do banco, mas sim as captações nos mercados, assegurou nesta quarta-feira o ministro francês de Economia, François Baroin.
"Apresentarei uma emenda ao projeto de lei de Finanças com uma garantia das condições de financiamento do próprio Dexia, e não uma garantia dos ativos, que tem como objetivo não piorar a dívida", afirmou Baroin em resposta a uma pergunta de um deputado do Partido Socialista.
Ao fim desse processo, vários ativos se manterão no banco, particularmente uma enorme carteira de títulos da dívida avaliada em 95 bilhões de euros. Esta carteira não foi comprada com fundos disponíveis, mas com empréstimos com duração determinada. Por isso, será necessário continuar captando dinheiro nos mercados para refinanciar esta dívida.
Os Estados francês e belga vão aportar sua garantia a essas operações, com o objetivo de permitir que o Dexia encontre investidores no mercado dispostos a emprestar dinheiro, apesar de seu perfil atípico. Essa garantia é, portanto, da mesma natureza que a que já foi concedida ao Dexia no fim de 2008, que não custou nada aos Estados e inclusive alimentou seus caixas graças à taxa que o banco lhes pagava em troca de seu apoio.