Ao discursar nesta quarta-feira em Sofia, no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Bulgária, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre a crise econômica mundial. Segundo ela, os países desenvolvidos, os mais atingidos pela crie, estão em “encruzilhada”.
“Os países desenvolvidos, que não encontraram equilíbrio entre ajustes fiscais apropriados e estímulos necessários para retomar o crescimento de maneira equilibrada, se encontram numa encruzilhada. Muitas vezes, o que provocou a crise é reafirmado e prescrito como terapia”, disse, em seu discurso na capital búlgara..
Dilma listou fatores que estão ajudando o Brasil a enfrentar este período de turbulência na economia global. Entre eles, a aposta no fortalecimento do mercado doméstico, a expansão do emprego e da renda e o aumento dos investimentos sociais e em infraestrutura.
“Apostamos ainda em marcos regulatórios para o sistema financeiro e bancário brasileiro bastante robustos, com grandes exigências de capital para os nossos bancos”, acrescentou a presidenta. Ela assinalou ainda que o Brasil procura sempre reduzir o endividamento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
A presidenta lembrou ao empresários que a Bulgária é um importante produtor de fertilizantes. Por isso, enfatizou, tem condições de se tornar parceiro privilegiado do Brasil nos esforços de elevar a produção agrícola. Ela citou ainda a possibilidade de os dois países firmarem parcerias na utilização da energia nuclear para fins pacíficos. Dilma também comemorou o fato de os jatos da Embraer começarem a operar na Bulgária.
Em visita de Dilma à Bulgária começou hoje e termina amanhã. Ela se reuniu com o presidente do país, Georgi Parvanov, e com o primeiro-ministro, Boyko Borissov, além de ter recebido a ordem Stara Planina, a mais alta condecoração da Bulgária.
Amanhã, a presidenta vai a Gabrovo, cidade onde nasceu seu pai, Pedro Rousseff, para se encontrar com familiares. Esta é a primeira vez que Dilma visita a Bulgária. Ela disse estar feliz e emocionada com a visita ao país.