A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal promovem nesta sexta-feira a Operação Black Ops, com o objetivo de combater a importação irregular de veículos de luxo seminovos, de várias marcas e modelos, por israelenses e brasileiros. O grupo também é investigado pela exploração de máquinas caça-níqueis. A PF já prendeu dez pessoas no Rio de Janeiro - três policias militares e um israelense, detido em um condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade -, além de três suspeitos no Espírito Santo e bloqueou bens estimados em R$ 50 milhões.
Ao todo, 150 servidores da Receita e 500 policiais federais cumprem 22 mandados de prisão preventiva e 119 mandados de busca e apreensão, simultaneamente, em 14 estados e no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal de Minas Gerais, há seis mandados de busca e apreensão sendo realizados em Belo Horizonte, Timóteo e na cidade de Cláudio.
A Receita informou ainda que os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Estado do Rio de
Em nota, a PF informou que a organização criminosa transnacional estaria envolvida em esquemas ilícitos em vários países com agiotagem, prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas. No Brasil, a atuação do grupo seria focada na exploração das máquinas caça-níqueis.
De acordo com a Receita, a importação de veículos usados, de modo geral, não é autorizada. Apenas veículos antigos, desde que com mais de 30 anos de fabricação para fins culturais e de coleção, podem ter a importação autorizada. São aceitos também nesses casos os veículos antigos como parte de herança aberta no exterior, e os importados por missões diplomáticas, repartições consulares e representações de organismos internacionais. O número de veículos importados, entre 2009 e 2011, por meio do esquema fraudulento pode ultrapassar 500.
A Receita Federal informou que durante as investigações contou com a ajuda da polícia de imigração e alfândega dos Estados Unidos que compartilhou informações e documentos referentes às operações de importação suspeitas. O intercâmbio de informações foi possível graças ao Acordo de Assistência Mútua entre as administrações aduaneiras.