(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Juros futuros inibem chance de grandes cortes na Selic


postado em 07/10/2011 17:42

A aceleração do IPCA, de 0,37% em agosto para 0,53% em setembro, e o payroll (dados sobre emprego nos Estados Unidos) norte-americano muito acima do esperado fizeram os vencimentos curtos de juros futuros darem prosseguimento ao ajuste de alta iniciado no fim da sessão de ontem, quando o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que cortes moderados da Selic são compatíveis com a convergência da inflação para o centro da meta em 2012. Esses fatores esvaziaram completamente qualquer aposta em reduções mais expressivas da Selic e já fazem os agentes projetarem um ciclo mais curto de cortes.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (208.055 contratos) estava em 11,19%, de 11,17% no ajuste. O DI janeiro de 2013 (348.030 contratos) acelerava para 10,43%, de 10,36% ontem, enquanto o janeiro de 2014, com giro de 67.970 contratos, subia a 10,71%, de 10,65% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (16.250 contratos) recuava a 11,20%, de 11,21% no ajuste, e o DI janeiro de 2021 (6.940 contratos) cedia a 11,22%, de 11,23% ontem.

Com o avanço do índice oficial de inflação em setembro, a taxa acumulada em 2011 já superou o centro da meta de 4,5%, indo para 4,97% nos nove primeiros meses do ano e batendo em 7,31% nos últimos 12 meses, maior valor desde maio de 2005 (8,05%). Em entrevista ao AE Broadcast Ao Vivo, a economista-chefe do BNY Mellon ARX Investimentos, Solange Srour, afirmou que, com base nos dados do IPCA disponíveis até setembro, não haveria o menor espaço para queda da taxa Selic como a que se viu.

Pelo governo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse que o IPCA começará a ceder a partir de outubro, iniciando o processo de convergência para o centro da meta (4,5%) no médio prazo.

No exterior, os EUA anunciaram a criação de 103 mil empregos em setembro. As estimativas eram de 60 mil novas vagas. A taxa de desemprego norte-americana permaneceu em 9,1% em setembro, o mesmo nível registrado em agosto. Mas nem tudo são flores no cenário internacional, o que impede que a tese desinflacionária do BC seja completamente abandonada pelos investidores. A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings da Espanha e da Itália, após os fechamentos das bolsas regionais.

Ainda assim, as commodities fecharam em alta. O petróleo WTI para novembro subiu 0,47%, a US$ 82,98 por barril na Nymex. O contrato de cobre para três meses na London Metal Exchange (LME) ganhou 1,98%.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)