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Estado de Minas

Dia das Crianças vai girar R$ 2,1 bi em Belo Horizonte

Lojas de brinquedos apostam em crescimento médio de 10% das vendas no 12 de Outubro


postado em 08/10/2011 06:00 / atualizado em 08/10/2011 07:08

Artur Lopes tem 5 anos e é um menino bastante decidido. Longe de ficar confuso entre os mais de 6 mil brinquedos que transbordam das prateleiras da loja especializada, ele rapidamente aponta para o avô o presente que escolheu ganhar no dia 12, uma pista do hot wheels de R$ 150. Em seguida, sem qualquer dúvida, indica para a mãe o robô matt still de R$ 100, encerrando em alguns minutos a tarde de compras. Se depender das crianças, a crise da economia mundial vai passar longe do varejo. Em Belo Horizonte, há brinquedos que já sumiram do estoque de grandes redes, como a sorveteria do fabricante Long Jump. O peão luminoso BeyBlade, febre do momento, fabricado na China pela americana Hasbro, também já dá trabalho para ser encontrado e algumas lojas estão trabalhando com reservas.

O Dia das Crianças deve movimentar R$ 2,1 bilhões na capital, segundo estimativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). A data se tornou a segunda melhor para o segmento que investiu no estoque e pretende crescer próximo a 10% em relação ao ano passado. "Estamos bem estocados porque já compramos para o Natal", diz Altair Rezende, dono da Brinkel, no Bairro Padre Eustáquio.

A loja especializada no segmento Ri Happy também espera crescer entre 8% e 10%. O gerente Giovanni Pinho destaca as novidades do mercado infantil e garante que há similares para substituir brinquedos que eventualmente se esgotem, mas, ainda assim, comenta que muitos pais preferem garantir a compra reservando a mercadoria.

Grandes consumidores deste mercado, as crianças vão ganhar presentes entre R$ 51 e R$ 100, segundo a pesquisa da CDL. A grande maioria são brinquedos importados fabricados nos Tigres Asiáticos. O aposentado Homero Lopes, avô de Artur, diz que as crianças estão bem informadas sobre lançamentos e já chegam às lojas sabendo o que querem. Decidida como Artur, Gabriela tem 5 anos e queria a sorveteria que já estava esgotada na loja de brinquedos. Sua mãe, a dentista Cristiana Albergaria, decidiu substituir o brinquedo. "Está praticamente impossível encontrar. Eles lançam na televisão, mas não tem o suficiente na loja." Cristiana pretende desembolsar cerca de R$ 200 com os presentes dos dois filhos, Gabriela e Fernando, de 2, além de algumas lembrancinhas.

Entre hoje e amanhã, o gerente de marketing do Shopping Del Rey, Fábio Amorim, calcula que as lojas especializadas irão vender duas vezes e meia mais que em um fim de semana comum. Segundo ele, o movimento do shopping deve crescer 30%, puxado pelo 12 de Outubro. "É um público que vem certo em busca de um produto."

IMPORTADOS Mãe de Eduarda, de 9, e Mariana, de 4, e tia de Júlia, de 5, Gabriela, de 2, e Ana Silvia, de 2, Andrea Diniz gastou cerca de R$ 500 com os presentes para as crianças. Na sua família, a data é especialmente comemorada com festa e distribuição de presentes para os pequenos. Andrea comenta que é grande a diferença de preços entre o Brasil e o exterior. "A mesma Barbie comprada no Brasil por R$ 120, custa US$ 25 nos Estados Unidos. Os brinquedos lá são pelo menos 50% mais baratos."

Os importados que desembarcaram no Brasil este ano e que chegam a representar mais de 60% do mix das lojas especializadas, de modo geral, encareceram em relação ao ano passado. Levantamento do Mercado Mineiro aponta que a variação de preços entre estabelecimentos pode superar 50%. A pesquisa também aponta alta em relação a 2010, que, em alguns itens, supera 30%


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