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Estado de Minas

Quando investir no futuro é um bom presente para a criança

Apelo sentimental da data coloca outubro na liderança em assinatura de contratos de previdência privada para menores


postado em 12/10/2011 06:00 / atualizado em 12/10/2011 07:24

Nem brinquedos, nem roupa, muito menos bugigangas eletrônicas. Em vez dos tradicionais presentes que hoje são abertos com euforia pelos pequenos, muitas crianças estão ganhando dos pais segurança na vida financeira, facilitada pelas diversas opções de previdência privada oferecidas pelas instituições financeiras especialmente para menores de 18 anos. A maioria torce o nariz para o aparente “presente de grego”, mas é no momento do resgate – normalmente estipulado quando a maioridade é atingida – que os benefícios serão conquistados. Pensando na garantia de renda que financie a educação dos filhos, uma viagem de intercâmbio ou até a abertura do primeiro negócio, milhares de pais sensibilizados pela data correm para contratar o serviço.

Somente no banco Itaú/Unibanco a expectativa é de que 50 mil planos de previdência sejam vendidos em outubro, aumento de 7% em relação a outros meses. No Santander, 80% dos planos de previdência para menores comercializados no ano se concentram entre os meses de setembro e outubro. “No ano passado, nesta época foram 20 mil. Este ano, esperamos que supere os 30 mil”, prevê o superintendente de previdência do banco, Alessandro Andrade.

O crescimento da categoria é tão expressivo que no Brasilprev, do Banco do Brasil, o plano Júnior chega a representar 42% dos planos PGBL e VGBL. “Esse produto tem um apelo sentimental muito forte e os adultos compram com a clara intenção de aplicar na educação dos filhos”, afirma o gerente de inteligência de mercado da Brasilprev, Sandro Bonfim. Foi exatamente pensando nisso que a relações públicas Cinara Ribeiro Rabello Burchardt contratou um plano de previdência para o pequeno Bernardo quando ele tinha apenas um mês – hoje já completou um aninho. “Estamos em um mercado muito competitivo e instável. Não tem como garantir um futuro para o filho, a não ser através de poupança ou previdência”, afirma.

Os depósitos iniciais de Cinara começaram em R$ 100 e agora já somam R$ 150. Assim como ela, vários pais estão incrementando os aportes para a previdência dos filhos. Pesquisa feita pelo Banco do Brasil revela que, de julho de 2010 para o mesmo mês de 2011, o valor médio dos aportes mensais nesses planos evoluiu 9%, passando de R$ 100 para R$ 109.

Para saber o melhor plano a ser contratado, o primeiro passo é definir em quanto tempo o resgate será feito. Quanto mais cedo os pais começarem os depósitos, maiores serão as vantagens, especialmente fiscais. Isso porque a previdência privada é passível de tributação do Imposto de Renda (IR) e, quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menores são as alíquotas incidentes.

Estipulado o prazo, é hora de verificar a tabela de tributação mais adequada, podendo ser a regressiva – indicada para quem pretende efetuar o resgate em período igual ou superior a quatro anos – ou progressiva – prazo inferior a quatro anos. No primeiro caso, a incidência de imposto pode cair de 35% para 10% sobre o valor poupado. É preciso definir também entre as modalidades de previdência (veja quadro).

Há opções para todos os bolsos já que, em geral, com depósitos mensais em torno de R$ 25 a R$ 50 já é possível garantir mais tranquilidade financeira para os filhos. Esses valores podem ser ampliados à medida em que houver interesse e para os pais e é possível fazer aportes maiores esporadicamente. Há também quem destine um valor único, sem compromisso de depósitos mensais. O plano pode ser feito em nome do adulto ou do menor, mas neste caso, ele só poderá movimentar a conta sozinho depois que completar 18 anos.

 

Sites permitem simulação

 

A maioria dos bancos oferece na própria página na internet uma área para simulação dos depósitos mensais, rentabilidade esperada, data para resgate, período de recebimento da renda, entre outros fatores a serem considerados no contrato. É importante avaliar também o perfil do investidor, podendo ir do mais conservador – com depósitos alocados em renda fixa, como títulos públicos, até os mais agressivos - e aí a renda é destinada majoritariamente para a compra de ações na Bolsa de Valores.

Em simulação no site da Caixa Econômica Federal, se depositados R$ 100 mensalmente durante 18 anos, a reserva acumulada será de R$ 46.823,56, considerando-se rendimento líquido de 8% ao ano. O depósito inicial é de R$ 500 e a criança deve ter 2 anos. “É uma excelente alternativa de investimento a longo prazo. O efeito fiscal faz com que a rentabilidade aumente ainda mais”, afirma o gerente regional da Caixa em Minas Gerais, Flávio Felicíssimo. Lá na frente, existe a opção de resgatar o valor integral ou receber renda mensal durante determinado período.

Muitas corretoras buscaram facilitar a vida dos clientes que não estão seguros sobre sua postura como investidor. Na Icatu Seguros, por exemplo, o perfil da aplicação muda à medida em que o prazo para resgate do recurso se aproxima. Quanto mais distante, maiores são as destinações para a renda variável e títulos de longo prazo, que garantem boa rentabilidade. Com o passar do tempo, é feita migração para opções mais conservadoras. O mesmo é feito pelo Itaú/Unibanco na modalidade de serviço “Fases da vida”.

Sem contar os benefícios associados ao serviço, como o do Brasilprev Júnior que, no caso de falecimento do responsável financeiro, garante que o mesmo valor das contribuições sejam pagos periodicamente em conta-corrente do menor até que ele atinja 21 anos. Na mesma situação, o Itaú/Unibanco garante renda para a criança até que ela complete 21 anos, desde que seja contratado o serviço de pensão aos menores. (PT)


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