O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estará a partir desta quarta-feira em Paris, na França, para participar da reunião de ministros e presidentes de bancos centrais do G20 (o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo). O encontro antecede a reunião de cúpula que ocorrerá naquele país nos dias 3 e 4 de novembro, na cidade de Cannes. A expectativa é volte a ser discutido um reforço ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para o enfrentamento da crise.
No mês passado, durante o encontro do Brics (grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) nos Estados Unidos, Mantega defendeu o fortalecimento do Fundo, que passaria a ter mais condições financeiras para tratar dos problemas causados pela crise e que podem afetar não só “os países mais avançados, mas também os emergentes mais fracos”, que precisarão de suporte financeiro em caso de agravamento da crise.
Na segunda-feira, após duas reuniões com a presidenta Dilma Rousseff, Mantega confirmou que o assunto poderá ser discutido durante a reunião do G20 em Paris. Ele
Mantega disse que existe o perigo da crise reduzir ainda mais o comércio mundial, com reflexos em países emergentes como a China. Para ele, a desaceleração do crescimento chinês afetaria as exportações brasileiras. “Temos que torcer para que a economia chinesa não tenha uma desaceleração, porque, aí sim, nos afeta”, disse.
Na quinta-feira, Mantega terá uma reunião de coordenação com a comitiva brasileira e na sexta-feira, um encontro com o ministro da economia francês, François Baroin. Depois, participará de um jantar com ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do G20. No sábado, no Ministério da Economia, Finanças e Indústria da França, Mantega terá mais um encontro de trabalho com os participantes do G20 e retornará ao Brasil no domingo.