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Estado de Minas

Dívida da Grécia é sustentável, diz chefe de inspetores


postado em 13/10/2011 11:52

A dívida pública da Grécia é sustentável, mas a capacidade do país de lidar com ela também depende da ação do governo em seu programa de reforma econômica, afirmou um alto funcionário da Comissão Europeia em entrevista ao jornal grego Kathimerini.

Matthias Mors, chefe da delegação europeia do grupo de inspetores internacionais que monitora as reformas na Grécia, disse ao diário que as perspectivas para a dívida grega não tiveram qualquer mudança fundamental nos últimos três meses. A declaração é feita apesar de o déficit previsto este ano para a Grécia ser mais de 1,5 bilhão de euros superior à meta de 17,1 bilhões de euros, graças à queda na receita com impostos e ao aumento nos gastos.

"Houve alguns atrasos na implementação de medidas de ajuste fiscal que nós fechamos antes do verão (boreal), e como resultado o déficit é maior", disse Mors. "Com respeito à sustentabilidade da dívida, diria que a situação não mudou fundamentalmente em comparação com nossa análise de junho."

Em maio de 2010, a Grécia escapou por pouco de uma moratória com o auxílio de um pacote de 110 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca, comprometeu-se a fazer reformas fiscais e econômicas. Desde então, o programa de reformas é monitorado por uma delegação de auditores da Comissão Europeia, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE), que visitam o país a cada três meses para monitorar a qualificação do país para receber mais parcelas de ajuda. Na visita anterior, em junho, a chamada troica afirmou que a dívida grega era gerenciável, apesar de estar perto de 160% do Produto Interno Bruto (PIB), o número mais alto na zona do euro.

O próximo relatório da comissão deve estar pronto em cerca de 10 dias. O documento será bastante estudado pelos ministros das Finanças da zona do euro, para estes decidirem se mantêm uma nova reestruturação da dívida do país. Após a última visita da troica, a Grécia concordou em adotar mais 6 bilhões de euros em medidas de austeridade este ano e no próximo, para seu déficit voltar a estar dentro das metas para 2012.

Porém Mors disse que mais medidas serão necessárias para 2013 e 2014 para reduzir esse déficit. "O que nós fechamos com as autoridades agora é mais 5 bilhões de euros em medidas", disse Mors. "Nos próximos seis meses, o governo precisa examinar as medidas que serão necessárias para 2013 e 2014."


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