(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Queda do emprego em setembro era esperada, diz Fiesp


postado em 13/10/2011 13:31 / atualizado em 13/10/2011 15:16

A queda no nível de emprego registrada no mês passado não surpreendeu a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), embora setembro seja um período em que tradicionalmente são criados postos de trabalho. De acordo com o assessor de Assuntos Estratégicos da entidade, André Rebelo, o emprego industrial está respondendo ao aperto monetário e às políticas de restrição ao crédito adotadas desde dezembro do ano passado, antes da decisão do Banco Central (BC) de reduzir a Selic, tomada em agosto. "Já esperávamos que isso fosse ocorrer", afirmou, ressaltando que os impactos dessas medidas ocorrem, em média, seis meses depois.

Rebelo destacou também a diminuição da demanda interna, a substituição de produtos nacionais por importados e, especificamente em setembro, os problemas climáticos que afetaram a safra de cana-de-açúcar. Segundo ele, os problemas climáticos anteciparam o fim da safra neste ano e, por consequência, o período de demissões na indústria alimentícia. Isso fez com que o setor fosse o recordista de demissões em setembro, com saldo negativo de 4.574 vagas.

Também chamou a atenção no setor alimentício o ajuste nos frigoríficos, que diminuíram o abate de animais. De acordo com Rebelo, com o aumento dos preços das carnes, as vendas começaram a cair. Rebelo destacou ainda que quase metade dos setores industriais demitiu em setembro - 9 dos 22. Entre as 36 diretorias regionais do Estado, 17 registraram mais demissões que contratações, 14 tiveram resultado positivo e 5 mantiveram estabilidade. "Metade dos setores e regiões demitiu em um momento que normalmente é de contratação", afirmou.

De acordo com Rebelo, esses dados mostram que a indústria como um todo, na maior parte do Estado, está num momento de reversão no emprego. A previsão da Fiesp é de que o nível de emprego encerre o ano de 2011 com um leve crescimento de 0 a 0,5% em relação a 2010. No ano, até setembro, o nível de emprego acumula alta de 3,87%. "Este resultado está maquiado porque tivemos um primeiro semestre bom para o emprego. Mas até o fim do ano devemos ter um resultado de 0 a 0,5%, talvez até levemente negativo."

Setembro registrou os piores resultados para o mês desde o início da série, em 2006. No cálculo com ajuste sazonal, o emprego caiu 0,62% ante agosto. Sem ajuste, a queda foi de 0,23% com a demissão de 6 mil trabalhadores.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)