O chefe do lobby internacional dos bancos, Charles Dallara, se opõe a renegociar o acordo concluído em 21 de julho para ajudar a Grécia, assegurou em uma entrevista neste sábado ao jornal Financial Times.
"Um acordo é um acordo", declarou o diretor-geral do Instituto de Finança Internacional (IIF, da sigla em inglês), em um momento em que vários países europeus, entre eles França e Alemanha, se mostram favoráveis a renegociar o acordo para que os bancos tenham maior participação no plano de salvamento da Grécia.
Os credores privados de Atenas, principalmente os bancos europeus, aceitaram uma quitação de 21% de sua participação na dívida da Grécia em meio a esse acordo concluído pelos líderes europeus em 21
Como a crise aumenta, a ideia é agora subir essa parcela para tornar mais leve o peso da dívida grega, que se eleva a cerca de 170% de seu PIB. "Temos que reconhecer que é necessário revisar alguns parâmetros do 21 de julho, é evidente. As condições do mercado mudaram", explicou na sexta-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, apesar de ter se negado a adiantar o nível da parte que caberia aos bancos.
"Não há nada convincente que justifique uma renegociação desse acordo", declarou Dallara ao Financial Times. Uma autoridade do IIF afirmou à AFP que as discussões entre bancos e autoridades europeias prosseguirão nos próximos dias.