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Estado de Minas

Crise europeia na agenda de ministros do G20 reunidos em Paris


postado em 15/10/2011 09:43 / atualizado em 15/10/2011 09:49

A crise da dívida que atinge a Zona Euro e a retomada do crescimento mundial centravam os trabalhos dos ministros das Finanças e autoridades dos bancos centrais do G20 reunidos neste sábado em Paris.

Enquanto de Madri a Nova York, o movimento de indignados se mobilizava neste sábado contra a precariedade ligada à crise e o poder das finanças, os europeus se esforçavam para tranquilizar seus parceiros do G20 que têm um plano para fazer frente à crise da dívida, que se propaga pelo sistema bancário e atinge a economia mundial. Os europeus se comprometeram a dar "respostas duradouras, globais e rápidas" para chegar à cúpula de Cannes, em 3 e 4 de novembro, com os problemas resolvidos.

Espera-se que na cúpula de 23 de outubro em Bruxelas, a Zona Euro conclua um plano confiável que passa pela garantia da solvência da dívida grega, pela recapitalização dos bancos em dificuldades com exposição às dívidas soberanas e pelo aumento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) para 440 bilhões de euros, após um longo processo de ratificação que durou quase três meses.

Esse montante seria insuficiente para ajudar países como Itália e Espanha, no caso de um contágio da crise da dívida - após socorrer até agora Grécia, Portugal e Irlanda. O ministro das Finanças sul-africano, Pravin Gordhan, advertiu na sexta-feira que caso não se faça nada, "os recursos com os quais o Feef e o FMI contam serão insuficientes".

Precisamente, o aumento do capital do Fundo Monetário Internacional (FMI), que conta com a ajuda de países emergentes como Brasil, China e Índia, apesar da oposição dos Estados Unidos e das hesitações de Alemanha, era uma das alternativas em estudo para ajudar a Europa a resolver seus problemas.

Segundo o rascunho da declaração final desse encontro, que reúne as 20 economias desenvolvidas e emergentes mais poderosas com 85% do PIB mundial, o G20 se compromete que o FMI "terá recursos adequados".

A presidente Dilma Rousseff disse na véspera que pode aumentar a participação do país no FMI, apesar de advertir que jamais aceitará que esse órgão imponha certas receitas aos países que pedirem ajuda.


"Temos recursos investidos no FMI e, inclusive, possivelmente, vamos ter uma maior participação", mas "jamais aceitaremos (...) que certos critérios que nos foram impostos sejam impostos a outros países", disse Dilma, em um cenário em que o Brasil poderá se tornar um dos principais acionistas do FMI.

O G20 promete analisar em profundidade esse assunto na cúpula de Cannes, informou à AFP uma fonte próxima das negociações. Nos últimos dias foram divulgados alguns elementos da nova estratégia da Europa para socorrer novamente a Grécia. Autoridades europeias advertiram os investidores de que a quitação de suas participações em títulos da dívida grega poderá ser superior aos 21% fechados em julho.

Alguns especialistas consideram que a Grécia necessitaria acabar com 50% de sua dívida para tornar suas finanças sustentáveis. Isso suporia uma onda de choque para os sistemas financeiro e bancário do continente, já que muitos investidores poderiam vender os títulos da dívida de outros países em dificuldades.

Mas os europeus se recusam a pagar apenas os pratos quebrados de uma crise gerada fora. Diante da pressão de muitos dos grandes parceiros europeus do G20, com Estados Unidos na liderança, a Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu na véspera a introdução de uma taxa sobre as transações financeiras, o que vários membros do G20, como Japão ou Brasil, são favoráveis, mas Estados Unidos e China se opõem.

Neste sábadok, a expectativa é que o G20 alcance um acordo sobre uma espécie de código de conduta sobre a gestão dos fluxos de capitais, importante particularmente para os países emergentes.


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