O Chile prepara um plano de contingência para mitigar possíveis consequências no caso de 2012 apresentar uma crise financeira global que afete o crescimento da economia do país, declarou o ministro da Fazenda, Felipe Larraín.
"Se ocorrer uma crise externa, temos formas de reagir através de um plano de contingência", afirmou Larraín, em uma entrevista divulgada neste domingo pelo jornal La Tercera. "Temos que nos preparar para um cenário adverso, através de medidas que mitiguem o efeito externo no emprego, na renda das pessoas mais pobres, e portanto, escorar a economia", completou.
Larraín advertiu também que o risco de crise global "aumentou", o que coloca em dúvida a projeção do atual governo chileno de crescer 6% nos quatro anos de seu mandato (2010-2014). "Se tivermos uma crise mundial, será muito difícil cumprir a meta de 6%, mas não abandonamos a meta", disse.
O presidente Sebastián Piñera declarou no início de outubro que a crise já estava afetando a economia chilena devido à brusca queda do preço do cobre, mineral do qual o Chile é o maior exportador mundial, com cerca de 5,6 milhões de toneladas por ano, equivalentes a 35% da oferta total.
O Banco Central do Chile rebaixou em setembro sua estimativa de crescimento para este ano situada entre 6% e 7% (fixada em junho) para 6,25% a 6,75%, enquanto para 2012 a projeção oscila entre 4,25% e 5,25%. Em 2010, ano em que o Chile registrou um terremoto de 8,8 graus, a economia chilena cresceu 5,2%.