Os sindicatos dos bancários de todo país realizam nesta segunda-feira assembleias para votar pela aceitação ou não da proposta de reajuste salarial que pode por fim a greve iniciada no dia 27 de setembro. O movimento é considerado o mais longo da categoria desde 2004.
A proposta a ser votada foi fechada na última sexta pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e pelos representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Em Belo Horizonte, a assembleia que vai definir os rumos da greve, será realizada às 18h. O sindicato mineiro ressaltou que o Comando Nacional dos Bancários recomenda a aprovação da proposta da Fenaban, mas disse que são as assembleias que irão decidir pela aceitação ou não do que foi apresentado.
No estado, a greve se concentra na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a adesão de 88% de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados.
Em Curitiba, os bancários voltaram ao trabalho na manhã desta segunda-feira, depois de 21 dias de paralisação. Cerca de mil bancários participaram na noite de ontem , em Curitiba, da assembleia convocada pelo sindicato da categoria, quando ficou decidido o fim da greve.
Proposta
A proposta prevê reajuste salarial de 9%, que inclui a inflação dos últimos 12 meses até setembro último mais l,5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras. Na reunião de sexta, também foi proposta a valorização do piso com correção de 12%. Com isso, ele passará para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%). Ficou acertado ainda uma elevação do percentual para o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).