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Estado de Minas

Desaceleração do IPC-S ainda não traz 'euforia', informa FGV


postado em 17/10/2011 14:59 / atualizado em 17/10/2011 15:49

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, disse hoje que a desaceleração observada na alta do indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre a primeira e a segunda quadrissemanas de outubro ainda não é motivo para uma grande comemoração, mas é uma boa notícia, dado o cenário que estava sendo mostrado recentemente pelos índices. "Não é motivo para uma euforia ou para já mudar as previsões, mas, no curto prazo, foi um sinal bom, ao contrário do que estávamos tendo", comentou, em entrevista à Agência Estado.

Nesta segunda-feira, a FGV informou que o IPC-S registrou taxa de inflação de 0,39% na segunda quadrissemana do mês, o que representou um número inferior ao de 0,50% observado tanto na primeira leitura de outubro como no encerramento do mês de setembro. De acordo com Picchetti, o grande destaque para o movimento de desaceleração veio do grupo Alimentação, que apresentou alta de 0,17%, bem menor que a de 0,47% da primeira quadrissemana de outubro.

De acordo com o coordenador, do total de 0,11 ponto porcentual de desaceleração da taxa geral do IPC-S, um total de 0,08 ponto porcentual foi representado por três segmentos da Alimentação: Frutas,

cuja alta passou de 1,75%, na primeira leitura do mês, para 0,03% na segunda quadrissemana; Hortaliças e Legumes, cuja queda passou de 4,42% para 5,47%; e Laticínios, que tinha alta de 1,78% e passou a subir 1,44%.

Picchetti destacou que, além de a Alimentação ter "desacelerado muito" e boa parte dos grupos tradicionais do IPC-S, como Vestuário (de 0,95% para 0,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 0,44%), também subir menos, os conjuntos de preços não tradicionais do indicador de inflação também mostraram altas menores. Foi o caso, por exemplo, da parte de Serviços, cuja variação positiva passou de 0,88% para 0,84%; e de Industrializados, que havia avançado 0,33% e passou a subir 0 30%. "Não mudou ainda radicalmente a história do fato de o restante do índice estar num patamar elevado, mas pelo menos mudou neste curto prazo a tendência", observou.

Para o coordenador do IPC-S, ainda é cedo para uma alteração na estimativa inicial da FGV, de que o indicador de inflação fechado de outubro ficará em torno de 0,50%. Ele reconheceu, no entanto, que o cenário atual é mais animador do que o anterior. "Quando a coisa está muito carregada pela dinâmica da Alimentação, não dá para mudar a projeção logo na segunda quadrissemana só por causa de um resultado melhor. Mas vamos dizer que a previsão ficou em 0,50%, com viés de baixa", afirmou.


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