Os trabalhadores dos bancos particulares de Belo Horizonte e da Região Metropolitana decidiram em assembleia realizada na noite desta segunda-feira, em um hotel no Centro da capital, pelo fim da greve da categoria, que já durava 21 dias. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Clotário Cardoso.
Ainda de acordo com Cardoso, as instituições devem voltar ao funcionamento normal já nesta terça-feira. Durante a votação realizada nesta noite, a categoria aceitou a proposta apresentada na última sexta-feira pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro. O valor do piso sobe de R$ 1.250 para R$ 1.400.
Os bancários também vão receber 2,2 salários por ano, a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, a categoria obteve aumento real de 1,5%. O piso da categoria teve um crescimento real de 4,3%. Os bancários irão repor os dias parados até 15 de dezembro, sem a necessidade de desconto dos dias de greve.
Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil
Também foi aprovada, em assembleia paralela, a proposta específica da Caixa Econômica Federal para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os funcionários do Banco do Brasil foram os últimos a decidir pelo fim da greve, mas também aprovaram o retorno ao trabalho, por volta das 21h desta segunda-feira, segundo confirmou a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de BH e Região.
Outras assembleias
Depois da proposta apresentada na última sexta-feira, a maioria dos sindicatos decidiu aprovar o fim da greve em assembleias regionais. Na noite desta segunda-feira, os bancários particulares de São Paulo, Osasco e Região votaram pelo fim da paralisação. As assembleias da Caixa e do Banco do Brasil, ambas realizadas na capital paulista, também aceitaram a renovação do acordo de aditivo à CCT.
Quem também volta ao trabalho são os bancários fluminenses. Em três assembleias realizadas no começo da noite, os trabalhadores do Rio de Janeiro decidiram aceitar a proposta dos bancos.
No fim da noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que bancários de Basília, Curitiba, Bahia, Mato Grosso, Campinas, Uberaba, Londrina, Criciúma, Blumenau, Teresópolis, Vitória da Conquista, Dourados e Campina Grande também terminaram a greve.