Alimentos mais baratos no atacado e no varejo ajudaram a conter o avanço da inflação no IGP-10, que teria subido mais não fossem quedas e desacelerações de preços em gêneros alimentícios de peso no cálculo do indicador. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, no caso da inflação do varejo, o IPC-10 teria subido 0,58% e não 0,37% em outubro caso fosse excluído o efeito dos alimentos in natura na inflação varejista.
Estas quedas e desacelerações já chegaram ao varejo, embora de forma tênue. Braz lembrou que a inflação dos alimentos percebida pelo consumidor no IGP-10 praticamente despencou (de 1,23% para 0,09%). "Ao longo do mês de outubro, há espaço para novas desacelerações", disse o economista. Segundo ele, nem todos os repasses de quedas e de desacelerações dos alimentos no atacado foram repassados para o consumidor, e isso deve ser feito ao longo deste mês.