O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos porcentuais para carros importados completou aniversário de um mês no último fim de semana. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), José Luiz Gandini, o mês foi delicado para as importadoras, que passaram o período aguardando uma posição do governo em relação aos veículos que estavam nos portos, se poderiam ser vendidos sem o aumento do imposto. "Nós temos cobrado esse retorno, mas até agora não obtivemos resposta", disse o executivo, em entrevista à Agência Estado.
Em setembro, as vendas de importados cresceram com os consumidores buscando os carros em estoques, que não tinham sido afetados pelo aumento do IPI. Essa corrida às concessionárias antes do repasse de preços levou a um crescimento das vendas no mês. De acordo com a Abeiva, as vendas atingiram 22.569 unidades no mês passado, alta de 10,5% em relação ao mês imediatamente anterior. Ante setembro de 2010 houve aumento de 90,8%.
O aumento do IPI para carros que não tenham 65% de índice de nacionalização entrou em vigor no dia 16 de setembro. Carros importados do Mercosul e do México, regiões com as quais o Brasil mantém acordo de livre comércio, não serão afetados, já que são trazidos por montadoras que têm fábricas aqui. A medida vale até dezembro de 2012.